De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a dificuldade de lidar com a sucessão nas empresas familiares está fazendo com que sucessores e sucedidos procurem especialistas no assunto para minimizar as dificuldades decorrentes do processo de transição.
Há uma relação conflituosa entre o sistema família, que tem a ver com a mesada, e o sistema empresa, que remunera a competência, explica Glauco.
Glauco preconiza que, para evitar maiores traumas no processo de sucessão, é fundamental estabelecer regras bem definidas entre a família e a própria empresa. Essas regras podem ser definidas por meio de um acordo familiar e de um fórum de família, onde deverá ser planejada a sucessão e a preparação dos herdeiros.
Para Glauco a sucessão deve ser pensada bem antes do falecimento dos fundadores da empresa.
Glauco explica que 95% das empresas brasileiras são do tipo familiar. Desse total, apenas 30% conseguem fazer a troca de comando da primeira para a segunda geração.
Segundo Glauco, a maioria sofre falências, fechamentos, são vendidas ou divididas entre os sócios de uma mesma família. De uma maneira ou de outra, o desfecho é a mudança de configuração da empresa, explica Glauco, reconhecendo que há preocupação dos herdeiros em manter a empresa viva.