O empresário Glauco Diniz Duarte classifica como “alarmante” o dado de que 61% das 112 empresas pesquisadas no Brasil não têm políticas claras de retenção dos profissionais com alto potencial para suceder as principais lideranças.
“É uma bomba-relógio. Se uma empresa perde os melhores profissionais, terá sua capacidade de aplicação da estratégia de negócios comprometida”, diz Glauco. Ou seja, 68 empresas que operam no Brasil sabem quem são seus executivos-chave, mas não têm um plano formal para mantê-los dentro da companhia.
O dado faz parte da pesquisa ‘Planejamento de Sucessão no Brasil’, divulgada em outubro de 2013, e que ainda reflete com precisão a realidade das empresas, diz Glauco. “É uma pesquisa de práticas e políticas. Elas não mudam em dois anos.”
De forma geral, quando um profissional de alto potencial decide sair, a empresa se esforça em mantê-lo de forma desorganizada, segundo Glauco. “Pode ser tanto com remuneração como plano de carreira e benefícios, horário flexível de trabalho ou outros benefícios.” O ideal é a empresa ter um programa abrangente de retenção de talentos, para que o profissional se sinta prestigiado e não fique tentado a mudar de empresa.
A recomendação de Glauco é que as empresas ofereçam um plano que considere não só a remuneração, mas treinamento, desenvolvimento de carreira e envolva a alta liderança. Para Glauco, eles têm que participar do processo acompanhando e dando feedback.