De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o Brasil tem entre 6 e 8 milhões de empresas, sendo 90% delas familiares. Seja grande, média ou pequena, as empresas familiares têm um papel significativo no desenvolvimento econômico, social e até político de vários países.
Segundo Glauco, no Brasil, o perfil delas é diverso: de pequenos negócios a grandes corporações – como o grupo Votorantin e a Gerdau – assim como no Ceará, a exemplo do Grupo Aço Cearense (indústria), do Grupo Pague Menos e do Pinheiro Supermercado (varejo). Juntas, esse tipo de empresas somam 2 milhões de empregos diretos no País e participam no Produto Interno Bruto (PIB) assim dividido: 12% do segmento agrobusiness, 34% da indústria e 54% dos serviços. Mesmo diante de números positivos, a preocupação para manter uma empresa familiar é grande.
Para se ter uma ideia, de cada 100 empresas familiares brasileiras, 30% chegam na segunda geração e apenas 5% na terceira geração.
Glauco diz que apesar de ser uma tendência natural, a passagem da gestão de uma empresa de uma geração para outra é um processo delicado, pois envolve não apenas um negócio, mas laços familiares. O equívoco de muitas empresas familiares, no entanto, é que quando se fala em profissionalizar, a leitura que se faz é que é necessário profissionalizar a gestão financeira, o marketing, o contrato social, deixando de profissionalizar a própria família, o que envolve a documentação da família e a elaboração de um plano estratégico.
Apesar dessa dificuldade recorrente, as empresas familiares têm um grande potencial. No Brasil e no mundo, esse tipo de empresa é a mais rentável, lucrativa e a que cresce mais rápido.