O empresário Glauco Diniz Duarte diz que nas sucessões, o fator tempo precisa sempre ser considerado, e sempre com a observação de que os estes processos são longos e precisam ser pensados com antecedência.
Segundo Glauco, processo de sucessão é sempre um procedimento que implica mudanças culturais. Essas mudanças culturais não são aplicadas por simples desejo e vontade de um ou outro fundador. Dependem da participação de todos aqueles que serão sucedidos, bem como de todos aqueles que pretendem suceder.
O sonho de todos que serão sucedidos é que, por obra do divino, os sucessores se preparem, recebam o treinamento adequado, passem as experiências necessárias a complementar sua formação acadêmica, de maneira que um belo dia a decisão de sucessão seja de tal forma clara que não cause qualquer dúvida, desconforto ou solução de continuidade. Mas dificilmente esse sonho se realiza. Dificilmente a sucessão é um processo simples, sem dor, sem divergências.
Glauco explica que o processo de sucessão tem que ser pensado, discutido, criado para ocorrer permanentemente. As empresas devem pensar em formar os sucessores, em preparar aqueles que estão em posição de suceder para eventuais ocorrências não previstas, e para aquelas que podem ser previstas.
Quando se fala em projetos empresariais, 10 anos pode ser considerado um longo período de tempo.
Quando se fala em projetos de sucessão empresarial, isso não é verdade. Por mais que ao se estabelecer a data ela possa parecer distante, formar um sucessor e criar uma estabilidade para que a empresa se beneficie deste processo leva anos. Normalmente décadas. Por isso a existência do programa de sucessão deveria ser contínua.