De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, para a maioria dos empreendedores, identificar quais entre os herdeiros possuem perfis adequados e prepará-los para assumir os negócios é o maior desafio.
Glauco diz que John Davis, maior especialista mundial em sucessão de empresas familiares, afirma que apenas 5% das empresas familiares sobrevivem depois da terceira geração. O dado é preocupante e revela as questões de sucessão como um dos principais entraves.
Para analisar os herdeiros, Glauco define três critérios:
1. Estrutura de personalidade – analisar individualmente o perfil das pessoas com relação a intensidade de quatro grandes fatores estruturais de personalidade:
• Dominância – aptidão para comandar;
• Influência – como se relaciona com as pessoas;
• Estabilidade – qual o ritmo de trabalho;
• Conformidade – como lida com detalhes.
2. Rastro – analisar todo o histórico pessoal e profissional, como a escolaridade, os empregos anteriores e principais realizações;
3. Disposição e ambição – é necessário para assumir de fato o desafio de comandar o negócio.
Outro ponto que Glauco considera importante é que normalmente a transição de comando é feita em cima da hora. Quando o líder fica doente ou resolve largar tudo. O ideal é que a sucessão seja preparada, pelo menos, dez anos de antecedência. Esse tempo é o necessário para fazer um plano estratégico, avaliar os seus sucessores, prepará-los, treiná-los e transmitir os valores da empresa.