O empresário Glauco Diniz Duarte diz que os dados são do IBGE, o que significa que cada uma dessas empresas terá o comando transferido para um sucessor, na maioria dos casos, de pai para filho.
Pesquisas mostram que de cada 100 empresas familiares abertas e bem sucedidas, 30 chegam à segunda geração e 15 à terceira. Tais números evidenciam quão importante é a passagem das rédeas das mãos do fundador para o herdeiro. Se mal feita, pode levar o empreendimento a uma administração equivocada e sucumbir por isso.
Glauco explica que a sucessão é um procedimento demorado, que exige planejamento e, portanto, precisa começar o quanto antes.
O sucessor, antes de mais nada, deve mostrar aptidão para o negócio. Assumir uma empresa sem vocação para a tarefa é ligar uma bomba-relógio.
Segundo Glauco, se o herdeiro for apaixonado pelo empreendimento, o passo seguinte é se preparar para a missão. Isso requer conhecer bem a empresa toda, ou seja, trabalhar nas mais variadas funções numa imersão no negócio. O futuro comandante precisa ser testado em situações que exijam poder de decisão, pois será sua realidade quando assumir. O preparo teórico também é fundamental. Ele tem de estudar para entender das especificidades da empresa e de gestão.
Além disso, é muito importante passar por experiências profissionais fora do empreendimento da família, assim vai adquirir uma maior vivência para levar para seu negócio.
O herdeiro deve ainda possuir espírito inovador, já que enfrentará um mercado em constante transformação e se não acompanhar as mudanças, apostando só em repetir o pai, corre sério risco de perder o rumo e fracassar.