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A rentabilidade da governança corporativa nas empresas familiares

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, no Brasil e na América Latina mais de 70% das empresas com tamanho superior a 1 bilhão de dólares são de caráter familiar. A forte ponderação que este tipo de empresas possui nos países emergentes proporciona-lhes uma maior responsabilidade no desenvolvimento de seus continentes.

Por outro lado, as empresas familiares necessitam eliminar muitos obstáculos na hora de competir com outros tipos de Corporações tais como empresas estatais, multinacionais ou private equity, no que se refere ao financiamento de projetos, levantamento de recursos ou contratação dos melhores Executivos, entre outros. Entretanto, o mais importante consiste na adequação de sua Governança Corporativa.

Glauco aponta que as empresas mais rentáveis durante os últimos dez anos foram as que seguiram as recomendações de boa Governança Corporativa.

Mas, em que consiste as Boas Práticas de Governança Corporativa?
Define-se como Boa Governança Corporativa as normas e princípios que regem o funcionamento de uma Companhia. Estas normas e princípios devem incluir aspectos tão imprescindíveis como a proteção dos interesses dos proprietários, a criação de valor a longo prazo, a transparência da informação e a definição das relações e responsabilidades entre os Acionistas, o Conselho e os Altos Executivos, bem como a idoneidade de seus perfis.

Além disso, destaca Glauco, são empresas que têm prevista a sucessão do Primeiro Executivo e dos Altos Executivos, a remuneração dos Altos Cargos Executivos, a supervisão da estratégia, e calculam os riscos e a defesa da ética e da honestidade na gestão da companhia.

Como conseguir um Conselho eficiente?
As empresas familiares se perguntam quais são os tipos de Conselhos mais adequados para acertar na hora de tomar decisões e enfrentar os desafios do futuro. De acordo com Glauco, as companhias com maior sucesso para poder contar com uma boa Governança Corporativa são as que superaram as seguintes etapas:
1. Avaliação do Conselho
Uma vez definidos os objetivos estratégicos a médio prazo, será necessário determinar se os Altos Cargos Executivos (Conselho, CEO e Comitê Executivo) estão preparados para atingi-los e, além disso, no caso do Conselho, supervisar seu grau de avanço.

Por este motivo as companhias começam com uma avaliação do Conselho que permite conhecer profundamente as diferentes opiniões a respeito de como atingir os objetivos.

A efetividade do Conselho deve ser avaliada em dois aspectos: a idoneidade dos perfis e sua dinâmica de funcionamento. Não bastará apenas que os perfis sejam adequados. Os processos e a dinâmica de grupo também deverão estar à altura dos objetivos estabelecidos.

Esta análise normalmente conduz à necessidade ou não de contratar Conselheiros Independentes, com experiências complementares que ajudem a atingir os objetivos, como também implantar uma bateria de recomendações para melhorar a sistemática dos processos (número de reuniões, agenda e duração, informação, qualidade do debate e tomada de decisões ou acompanhamento, entre outros.)

2. Contratação de Independentes
A contratação de Conselheiros Independentes Externos não executivos permite ter acesso a experiências e conhecimentos de incalculável valor do ponto de vista da economia de custos.

O equilíbrio entre Conselheiros Internos (representantes do proprietário) Executivos e Independentes capacitados ajudarão não só a “oxigenar” a tomada de decisões, mas também contribuirão para garantir a criação de valor.

Para muitas empresas, será impossível poder atrair executivos com esta experiência através de seus Executivos. Entretanto, um projeto atraente, com retribuição acessível, pode constituir um motivo para contratar estas pessoas como Conselheiros Independentes.

3. Planejamento da Sucessão do CEO
Para Glauco, uma das principais responsabilidades do Conselho consiste em garantir a idoneidade do CEO, além de ter sempre um Plano de Sucessão atualizado para o mesmo diante de uma possível eventualidade. Este fato obriga a avaliar a idoneidade do CEO existente e conhecer quem poderia ser a alternativa dentro da equipe.

Para isso é necessário definir as capacidades e competências que a organização necessitará no futuro e avaliar mais profundamente os potenciais candidatos, tanto internos como externos, sem criar falsas expectativas mas, ao mesmo tempo, mantendo a motivação e coesão de todos. Igualmente, a confidencialidade dos candidatos externos será um fator de sucesso no processo.

A importância da integração cultural e de entender a rentabilidade emocional.

Uma vez que um profissional externo à organização tenha superado um rigoroso processo de seleção, é muito importante levar em consideração sua integração cultural.

A integração cultural implica o entendimento do conceito de “Rentabilidade Emocional”, que é fundamental nas empresas familiares.

Todos entendem a unidade de medida da rentabilidade econômica em termos monetários, mas a rentabilidade emocional se resume no conjunto de satisfações obtidas por todos os acionistas e seu contexto ao longo da vida da empresa, sua participação na mesma, mesmo depois de vendê-la.

Se comparamos um Investidor Institucional ou Particular do Ibex 35 ou de qualquer outro índice internacional com um acionista estável de uma Empresa Familiar, aberta ou não, observamos que uma das principais diferenças consiste em que a maioria dos primeiros rege-se apenas pela rentabilidade econômica, enquanto a maior parte dos acionistas estáveis de empresas familiares, em maior ou menor medida, procuram um equilíbrio entre rentabilidade econômica e emocional, principalmente quando o legado do Fundador tem pouco tempo ou possui grande fortaleza. Todos estes aspectos farão parte da cultura corporativa.

As boas práticas de governança corporativa e a cultura: uma forma de competir com as multinacionais.
Para concluir, as Empresas Familiares necessitam competir com as multinacionais nas mesmas condições. Para isso necessitarão atrair e reter os melhores profissionais, tanto em seus Conselhos de Administração quanto no Primeiro Escalão Executivo. Nem sempre o dinheiro será possível ou suficiente, sendo necessário prestar atenção a outros fatores como, por exemplo, a bondade do negócio/projeto, a Governança Corporativa e a cultura da organização.

Quanto mais rápido os Proprietários e o próprio Conselho de Administração tomarem medidas encaminhadas à melhoria da Governança Corporativa, mais fácil será adotar as estratégias adequadas, identificar quem pode torná-las possíveis e obter a rentabilidade esperada.
Saber entender os objetivos que uma Propriedade Familiar possui para sua empresa, mais além da simples rentabilidade econômica, é o que permitirá atrair o candidato mais adequado.

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