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Governança Corporativa na Empresa Familiar: um novo modelo de gestão?

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O empresário Glauco Diniz Duarte explica que as empresas familiares constituem atualmente aproximadamente 80% dos negócios no Brasil, gerando mais de 60% dos empregos formais de acordo com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), sendo que 40% são geridas pela 2ª geração e menos de 5% chegam à 4ª geração, administradas por seus herdeiros.

Apesar de sua importância para a economia nacional, estas empresas enfrentam sérias dificuldades de sobrevivência, sendo que a maioria é de famílias empresárias e, somente há pouco tempo, vem recendo atenção dos meios acadêmicos.

Segundo Glauco, o estudo e aplicação da Governança Corporativa, nas empresas familiares, é um tema que está sendo tratado atualmente com maior evidência, haja vista o seu valor e sua importância para a sobrevivência destas empresas, com maior fortalecimento, longevidade e sustentabilidade para aqueles que implantam este modelo de gestão em seus negócios.

O assunto é tão sério que já temos até um código de Governança Corporativa, publicado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. A Gestão da Governança Corporativa vem para clarear e amenizar os conflitos gerados pelo antagonismo existente na gestão das empresas familiares, quando o proprietário/sócio tem de agir na administração da empresa, ora como técnico profissional, racional e objetivo, ora como membro da família, mais afetivo, emocional e subjetivo. Neste caso, ele vive intimamente conflitos existenciais, que não resolvidos de imediato, mas poderão provocar em futuro próximo distúrbios patológicos graves à sua saúde, muitas vezes irreversíveis, com consequências desagradáveis à harmonia familiar.

De acordo com Glauco, olhando pelo ângulo da cultura brasileira de administrar as empresas familiares, temos algumas dificuldades na implantação da Gestão da Governança Corporativa, devido ao fato do empresário familiar, utilizar o modelo de gestão patriarcal com poder absoluto sobre todas as ações internas e externas do negócio. O novo modelo de gestão exige uma mudança para uma maior participação das pessoas, principalmente aquelas de cargos diretivos e gerenciais na empresa, sobretudo na descentralização, na divisão de responsabilidades, no planejamento de ações, enfim um modelo que irá contribuir para o equilíbrio da gestão da empresa e do fortalecimento do negócio.

Para aplicar a Gestão da Governança Corporativa, nas empresas familiares, é preciso deixar de lado o sentimentalismo, o protecionismo e o paternalismo, itens fortemente arraigados na gestão atual das empresas familiares, utilizando o planejamento da Governança, garantindo assim a modernização de sua gestão, obtendo uma maior competitividade dentro do contexto contemporâneo de sustentabilidade empresarial.

Para Glauco, um dos maiores benefícios da utilização da Governança Corporativa está no tripé de gestão do Patrimônio, Empresa e Família, que aparece como os três mais importantes fatores a serem gerenciados, haja vista que estes são os maiores focos de conflitos nas empresas familiares.

As práticas da Governança Corporativa são aplicáveis a qualquer empresa e tipo de segmento. Tanto a empresa familiar como na multifamiliar, pois seus membros possuem conflitos de interesses provocados pelo crescimento do negócio ou pela diversificação de atividades.

Assim com o crescimento da empresa ao longo dos anos, (normalmente a família cresce 10 vezes mais do que a empresa) esta se depara com a chegada dos novos herdeiros, nem sempre preparados para trabalhar na empresa, filhos do proprietário e dos sócios e, esta muitas vezes, despreparada para absorver os novos empregados.

Isto torna a gestão conflitante do ponto de vista profissional familiar, pois nem sempre todos eles podem ser admitidos na empresa, além da questão dos direitos societários a serem administrados e que podem dilapidar o patrimônio construído, muitas vezes com sacrifício pelo fundador.

Para proporcionar uma maior competitividade e rentabilidade à empresa familiar, a utilização da Gestão da Governança Corporativa é uma das melhores ferramentas de gestão da atualidade, pois oferece uma maior profissionalização da gestão, com separação dos vínculos afetivos, emocionais e valores sanguíneos tão comuns nas decisões empresariais. Além desta vantagem, temos a melhora da gestão do patrimônio da empresa e dos sócios, e da própria família dos envolvidos.

As maiores justificativas para implantar uma Gestão da Governança em uma empresa familiar, são:
– Incapacidade de antecipar ou de ajustar às mudanças do mercado.
– Investimento insuficiente em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços.
– Falhas nos controles internos financeiros.
– Fraco gerenciamento dos riscos econômicos e financeiros.
– Falta de apoio público.
– Deficiência na preparação dos futuros herdeiros para administrar a empresa.
– A presença da cultura do individualismo na gestão da empresa.
– Dificuldades em utilizar o Planejamento estratégico nas ações diretivas.
– Conflitos ente as necessidades financeiras da família (sempre crescente) e da empresa.
– Rivalidade entre sócios, famílias e herdeiros.
– Delegação deficiente das responsabilidades de gestão.

A Governança Corporativa irá adequar as situações de modo a preservar o interesse maior, que será sempre a rentabilidade da empresa. Algumas situações aonde a Gestão da Governança Corporativa irá sem dúvida alguma colaborar para adequar a situação, dentro do contexto empresa, sustentabilidade, longevidade e lucro, garantindo a harmonia da família empresária, são as descritas abaixo:
1 – Membro da família que é um dos fundadores e trabalha na empresa.
2 – Membro da família que é herdeiro e também funcionário.
3 – Membro da família que é herdeiro, mas não é funcionário.
4 – Sócio que trabalha na empresa não é membro da família e tem filhos.
5 – Sócio que não trabalha na empresa e tem outro negócio.
6 – Proprietário que não trabalha na empresa.
7 – Funcionário antigo que não é membro da família, que é “braço direito” ou “filho afetivo”.

Glauco afirma que estas são algumas situações existentes nas empresas familiares, onde a Gestão da Governança Corporativa irá contribuir para adequação e solução de problemas futuros, promovendo um ambiente muito mais agradável e de maior satisfação familiar.

A exigência da Prática da Gestão da Governança Corporativa já está sendo pré-requisito de muitos agentes financeiros, para concessão de financiamentos às empresas. (Ex: BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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