De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o tema sucessão tem sido cada vez mais discutido à medida em que as empresas amadurecem a forma como lidam com as pessoas, com seus colaboradores. A preparação de sucessores e a preocupação da empresa em ter uma ou duas pessoas preparadas para posições-chave vêm ficando cada vez mais intensas. Com a aproximação de julho e das férias, é uma boa hora para pensar nisso. Isso sem falar dos remanejamentos por conta da crise econômica.
Glauco explica que um sucessor é um colaborador que pode o suceder em sua posição, ou seja, desempenhar as suas funções hoje ou daqui a algum tempo, em geral, no máximo, em cinco anos. Existem sucessores em preparação, prontos e emergenciais. Os emergenciais são aqueles que já têm o conhecimento de suas funções, ou seja, se você precisar se afastar de repente, por algum período, ele ou ela assumiria sua área sem problemas, entendendo e com competências dentro do esperado. Alguns deles não são os mesmos sucessores em preparação, em geral.
Caso aconteça algo com o gestor, por exemplo, um afastamento súbito, a empresa não sofre tanto, pois tem mapeada uma pessoa que pode desempenhar a função de seu antecessor com primor. Daí a importância do sucessor emergencial. Para escolhê-lo, é importante observar o comportamento. Quanto este colaborador está comprometido e engajado? Quanto ele conhece da área e de seu dia a dia? Quanto este profissional entende e segue os valores da empresa? E por que prepará-lo nas férias? Neste período, o colaborador pode, efetivamente, experimentar a função, delegando, inspirando e fazendo uso de tantos recursos, além de treinamentos.
Para escolhê-lo, fique de olho nas competências:
1 – Conhecimento da função do superior imediato;
2 – Conhecimento técnico;
3 – Potencial para assumir a posição;
4 – Competências chave do negócio escolhido.
As férias também podem ser utilizadas como oportunidade de conhecer e contratar a pessoa mesmo antes de ela ser promovida, preservando a empresa e o colaborador.
Lembre-se de que se você está onde está é porque outras pessoas também perceberam que você agrega valor. Desta forma,destaca Glauco, não vale ficar pensando no que teria acontecido se fossem outras pessoas que estivessem no seu lugar, ou se alguém ocuparia seu lugar. Estas são perguntas muito difíceis de responder, portanto acredite em você e siga adiante. Muitos gestores pensam exatamente assim. Pois bem, se seu gestor é assim reavalie se é aí que você quer estar. Se a relação estabelecida com o gestor for de confiança, dificilmente acontecerão problemas e você pode sugerir uma série de trabalhos/mudanças.