GLAUCO DINIZ DUARTE – Wärtsilä lança motores de 2 tempos com tecnologia dual-fuel
A Wärtsilä, líder global em prestação de serviços e soluções do setor marítimo, realizou com sucesso os testes de operação com gás em escala real em seu motor de 2 tempos de baixa rotação. A empresa empregará nesta nova família de motores que está sendo lançada a tecnologia bicombustível DF, que permite a operação com gás de baixa pressão.
Com custo de instalação de 15 a 20% mais baixo que os equipamentos que utilizam a tecnologia de gás de alta pressão, os novos motores dispensam a necessidade de compressores de gás a bordo da embarcação e de sistemas de tratamento de gases de exaustão, pois já operam dentro das limites previstos pelas leis ambientais internacionais (IMO Tier III e Tier II).
A eficiência energética foi uma das prioridades no desenvolvimento do modelo, que tem operação estável com gás em todas as faixas de carga, inclusive nas mais baixas, sem necessidade de alternar para o uso do óleo diesel, como acontece com outras tecnologias.
O primeiro motor do tipo, Wärtsilä RT-flex 50DF, estará disponível para entrega no primeiro trimestre de 2014, outros motores de 2 tempos de baixa rotação utilizando a tecnologia DF estarão disponíveis para entrega em 2015 e 2016.
“Pela primeira vez no mercado marítimo, as vantagens do uso do gás natural estão disponíveis para todos os tipos de embarcações, não apenas para aquelas que operam com motores de 4 tempos a média velocidade. Nossas tecnologias em motores e tratamento de GNL agora se aplicarão em um mercado ainda maior”, diz Martin Wernli, Vice-Presidente da Wärtsilä Ship Power.
Liderança em motores bicombustíveis
A Wärtsilä foi pioneira no desenvolvimento da tecnologia dos motores dual-fuel, na década de 1990, e hoje é a líder da indústria nesta área. Desde então, a empresa já entregou mais de 1.000 desses motores bicombustíveis, acumulando 7 milhões de horas de funcionamento.
A empresa aposta no gás natural como um combustível que se tornará amplamente aceito para a marinha mercante em um futuro próximo, tendo como principais fatores impulsionadores os benefícios ambientais e os preços competitivos desta fonte. A expectativa é que, até 2020, mais de um quarto dos navios encomendados serão projetados para funcionar com combustíveis gasosos.