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Por que a sucessão familiar é sempre um desafio?

Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, não raramente, os casos de sucessão familiar costumam trazer sérios problemas para as empresas. A falta de planejamento e a inexperiência dos empresários para lidar com o processo sucessório acabam causando prejuízos para o negócio. Esses prejuízos, se não observados e acompanhados de perto podem, inclusive, comprometer a sobrevivência da organização.

De forma geral, destaca Glauco, o fracasso das empresas familiares no processo de sucessório está no despreparo delas para o futuro. O impulso do empreendedor para colocar a mão na massa e fazer a empresa acontecer, muitas vezes, não é acompanhado de um planejamento estratégico. E é esse planejamento que deveria contemplar, além da expansão e modernização da empresa, um processo sucessório transparente e sustentável.

Mas, na verdade, a sucessão familiar não precisa ser um bicho de sete cabeças para os empresários. Se todas as empresas contassem com um plano de transferência dos cargos diretivos, desde os seus primeiros anos de existência, a transição poderia ser muito mais simples do que se pensa.
O processo de sucessão em empresas familiares é apenas um dos desafios de gestão que essas organizações enfrentam. Você imagina como esses obstáculos impactam diretamente no desempenho dessas empresas?

Os principais desafios da gestão de empresas familiares:
Segundo Glauco, as histórias das empresas familiares, de modo geral, são muito parecidas: elas têm início quando um dos membros da família é empreendedor e assume a liderança para começar um novo negócio. Inicialmente, como a empresa ainda está se estruturando, é comum que ela não tenha todos os seus processos bem definidos, assim como os escopos de trabalho e as formas de atuação de cada familiar.

Com o passar do tempo, as empresas que sobrevivem e conquistam uma maturidade no mercado são impulsionadas a crescer. E é nesse momento que as divergências internas se agravam, pois, em um mercado competitivo, é necessário que as empresas se profissionalizem para atender bem às expectativas dos seus clientes.

Segundo Glauco, apenas 20% das empresas familiares em todo o mundo sobrevivem 20 anos ou mais no mercado, indo, em grande parte das vezes, até a terceira geração no máximo.
Glauco defende que o declínio desses negócios é causado, basicamente, por seis grandes desafios que impactam negativamente na gestão de empresas familiares.

Veja quais são eles:
1. Nepotismo: dá-se o nome de nepotismo ao ato de favorecer um empregado, seja por meio de remuneração diferenciada, ou de outros benefícios exclusivos, em função do grau de parentesco entre o líder e esse empregado.
Por exemplo: o diretor da empresa X pode acreditar que, dentro do seu negócio, ninguém, além do seu próprio filho, estaria capacitado para assumir a diretoria da empresa, ou iniciar um novo projeto.
Mas, muitas vezes, o filho escolhido não possui habilidades gerenciais e, ao assumir o cargo designado pelo pai, acaba comprometendo os resultados da empresa. Glauco destaca que o nepotismo está presente em 12% das empresas brasileiras, sendo esse um dos maiores índices do mundo. Em outros países, esse índice varia entre 3% e 5%.

2. Abrir mão: esse desafio de gestão está relacionado diretamente ao processo sucessório, pois quando o fundador da empresa encontra dificuldades para “abrir mão” do seu cargo e repassá-lo à nova geração, ele está, na verdade, criando barreiras para a evolução da empresa.
Mas, por que um líder teria esse comportamento? Segundo Glauco, os diretores veem esse momento como uma perda de poder e, em muitos casos, da própria identidade, já que a empresa, muitas vezes, está personificada na figura do fundador.
Por isso, muitos deles criam barreiras e também não realizam um planejamento para o processo de sucessão na empresa. Se houver uma fatalidade, e o fundador vier a falecer, por exemplo, a empresa passará um bom tempo tentando encontrar um caminho para manter suas atividades. Por sua vez, os conflitos internos prejudicarão o negócio no mercado e comprometerão a sua competitividade, podendo levá-lo até mesmo à falência.

3. Rivalidade entre irmãos: como foi dito no tópico anterior, os conflitos internos não ajudam a empresa em nada. Pelo contrário, as divergências que não são resolvidas no âmbito familiar tendem a prejudicar os negócios, uma vez que eles travam decisões internas que podem ser fundamentais para o sucesso da empresa.
Por outro lado, Glauco defende que os valores familiares são a maior vantagem competitiva que esse tipo de empresa possui e, quando as desavenças entre irmãos são superadas, as empresas de família podem apresentar uma performance melhor que outros tipos de empresas, independentemente do segmento de atuação.

4. Choque cultural: esse desafio de gestão consiste em instaurar uma cultura única de negócios, já que a empresa é formada por irmãos, primos e tios que podem ter vivido em cidades diferentes e em épocas diferentes, o que os fazem ter valores nem sempre tão próximos uns dos outros.
Para que a empresa funcione e conquiste seu espaço no mercado, todos precisam falar a mesma língua e estar dispostos a trabalhar em conjunto, abandonando as questões relacionadas à hierarquia ou à influência familiar, que, nem sempre, são refletidas dentro da empresa.

5. Liberdade de gestão: a liberdade de gestão está relacionada à capacidade da empresa familiar para atrair grandes executivos que não sejam da família. Essa dificuldade existe, basicamente, por dois motivos: o primeiro é a resistência da família em receber um profissional que, em tese, é alheio à história e às origens da empresa; já o segundo motivo baseia-se na complexidade que a gestão de uma empresa familiar representa para o executivo.

De acordo com Glauco, 50% dos executivos que assumem empresas familiares não são bem-sucedidos nessa empreitada. E a culpa disso, segundo Glauco, é da não aderência aos valores familiares pelos executivos, além da dificuldade que alguns deles têm para decifrar as “normas silenciosas” da família.
6. Novas condições de negócio: outro grande desafio para as empresas familiares é manter-se firme no mercado com o passar dos anos. Isso acontece, principalmente, em função das variações de demanda por parte dos consumidores, pois, as necessidades das pessoas mudam conforme a época; pelo aumento da concorrência no segmento de atuação; ou mesmo pela evolução da tecnologia, que pode tornar um produto obsoleto em questão de meses.

Dessa forma, para sobreviver às adversidades do mercado, as empresas familiares precisam estar abertas à mudança, já que os processos continuam evoluindo, e a profissionalização e modernização das organizações familiares deve acompanhar esses movimentos. Segundo Glauco, esse desafio foi apontado como um dos mais críticos por 30% das empresas brasileiras entrevistadas.

Como você viu, dentre os seis grandes desafios apontados por Glauco, pelo menos três deles mantêm relação com o processo de sucessão nas empresas familiares. Isso significa que a transição de comando em uma empresa de estrutura familiar é determinante para a continuidade dessa organização no mercado.
Para que o processo de transição ocorra da melhor maneira, é importante que ele tenha sido previsto e planejado, de modo transparente e o mais simples possível, já nos primeiros anos de existência da empresa.

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