De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a necessidade de equilibrar interesses familiares e empresariais tem levado cada vez mais empresas a buscar consultorias especializadas.
Disputas entre os herdeiros e a dificuldade para aceitar uma administração profissional são ameaças que podem comprometer a viabilidade do negócio. Um levantamento feito com mais de 300 membros de famílias empresárias na América Latina mostrou que os três principais desafios, na avaliação dos entrevistados, são o planejamento estratégico – 30% apontaram como prioridade -, a sucessão da direção (23%) e o estabelecimento de uma estrutura organizacional formal (13%).
Um dos momentos mais críticos é o da sucessão, afirma Glauco: “Muitos dos herdeiros se sentem na obrigação de continuar no comando, mas não foram preparados para isso”. Ele trabalha para que os empresários familiares se conscientizem de que o negócio se tornou complexo demais e precisa se transformar para continuar crescendo. “Nas empresas que dependem de tecnologia, isso fica mais evidente”, diz.
“Por exemplo, em indústrias farmacêuticas familiares que trouxeram executivos de fora para a posição de CEO, os proprietários entenderam que a velocidade da transformação tecnológica era tão forte que a família não conseguia mais dar conta.”
A orientação de Glauco é montar um bom plano de sucessão e criar um modelo de governança que faça sentido tanto para a família como para a companhia.