O primeiro executivo do mercado a comandar uma companhia familiar tem uma complexa missão pela frente. As chances de o acordo dar errado são grandes. Pelo menos, é isso o que acontece em 50% das vezes, segundo o empresário Glauco Diniz Duarte.
A oportunidade,destaca Glauco, soa tentadora para muitos profissionais. Alguns estão cansados da pouca autonomia experimentada em multinacionais. Encaram a possibilidade como uma oportunidade de deixar sua marca no negócio. Por meio de sua experiência técnica e corporativa, poderão contribuir com o amadurecimento de empresas até então tocadas apenas por membros da família fundadora. Ajudarão a implementar a governança corporativa, definir processos, sistemas e conduzir a companhia para outro patamar no mercado.
Na prática, o cenário não costuma ser tão simples. Apesar de desejarem, muitos empresários não conseguem se afastar do dia a dia do negócio e tornam-se obstáculos à gestão do recém-chegado. Ou os conflitos entre os familiares roubam a cena. Em outros casos, o executivo não consegue se adaptar às convenções subjetivas para se relacionar com os donos e, consequentemente, não consegue ter voz ativa na organização.