No Brasil, cerca de 90% das empresas são formadas por grupos familiares, que abrangem 80% dos negócios nacionais e geram mais de 60% dos empregos formais do País. Desse total, 40% são administrados pela segunda geração e apenas 5% chegam à sua quarta geração, de acordo com os dados fornecidos pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, quanto à terceira geração, apenas 12% dos negócios familiares atingem esse estágio e somente 1% deles ultrapassam a quinta geração.
“A transição de uma geração para outra sempre foi uma questão sensível nessas empresas. O mundo mudou desde que a geração atual assumiu o comando e o ritmo de mudança precisa se acelerar em respostas às tendências globais, como mudanças demográficas, urbanização e tecnologia”, afirma Glauco.
Glauco também diz que o nome da família não é mais suficiente para dar credibilidade ao novo líder. Na verdade, muitos pensam que o fator hereditário, nesse caso, é um aspecto negativo.
Assumir o cargo de CEO já não é mais automático para as próximas gerações. Segundo Glauco, 73% afirmaram sentir ansiedade diante de assumir o negócio de sua família, mas apenas 35% delas acharam que, definitivamente, terão de acabar assumindo a gestão da empresa, e 29% acreditam que, muito provavelmente, virão a ser os próximos gestores da família.