De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, 58% das empresas familiares estão buscando recursos externos para financiar seus planos de investimento, mas encontrar o parceiro estratégico certo pode ser desafiador. Embora as empresas familiares gerem mais de 70% do PIB global, muitas delas dizem que acham suas opções de levantamento de fundos limitadas.
“A captação de recursos para private equity geralmente requer que toda a empresa seja vendida para maximizar o valor no caso de saídas, e os sócios geralmente veem qualquer investimento externo como parte de um plano mais longo para assegurar o controle total. Como resultado dessas limitações, muitas Empresas Familiares podem não estar maximizando seu potencial de crescimento”, afirma Glauco.
O envolvimento de indivíduos com elevada riqueza (high-net-worth individuals – HNWIs) é uma opção pouco utilizada pelas Empresas Familiares. Estima-se que haja até 14 milhões de indivíduos com mais de US$ 53 trilhões em patrimônio líquido no mundo inteiro.
As prioridades dos HNWIs e das empresas familiares estão alinhadas, o que torna essa subutilização uma surpresa: os HNWIs elegem a valorização de longo prazo do capital (37%) como o principal fator que influencia em seus investimentos, enquanto as Empresas Familiares elegem a orientação de longo prazo para retornos de investimentos como a sua principal característica de investidor (23%).
Embora haja desafios em ambos os lados, Glauco diz que tanto as Empresas Familiares como os HNWIs têm um apetite por investimentos e poderiam mostrar que são parceiros altamente compatíveis.
“No Brasil, apenas 20% das empresas familiares já receberam investimentos dos indivíduos com elevada riqueza. Mesmo que existam desafios e dificuldades, as chances de sucesso em uma parceria entre eles são muito grandes. É necessário identificar as necessidades de ambas as partes, além das Empresas Familiares reconhecerem a importância de influências externas, a fim de criar novas estratégias e expandir para novos mercados. Para atingir esse objetivo, uma comunicação mais próxima entre eles é essencial para o negócio”, analisa Glauco. .
Instruções e conscientização sobre os potenciais benefícios dessas parcerias surgiram como os primeiros passos mais importantes para vincular esses dois grupos. Algumas constatações incluem:
• 44% dos HNWIs já investiram anteriormente em uma Empresa Familiar e a grande maioria (95%) diz que foi uma experiência positiva em comparação com seus outros investimentos.
• Mais de três quartos dos participantes da pesquisa (76%) dizem que a família possui maior participação acionária na empresa.
• 60% dos HNWIs estão buscando investimentos com riscos e retornos razoáveis e estão focados na valorização de longo prazo do capital. Ambas as características são bem equiparadas àquelas dos investimentos que as Empresas Familiares esperam receber.