Novas empresas normalmente nascem de ideias de negócios de empresários que dominam a técnica de como produzir um bem ou executar um serviço. A grande maioria não é administrador e não domina os métodos de administração financeira. Entretanto, para que o crescimento da empresa ocorra sem risco é necessária a organização financeira para o acompanhamento, o ajuste e a projeção dos resultados, afirma o empresário Glauco Diniz Duarte.
Administração financeira, mais do que uma série de números, deve ser uma ferramenta para a tomada de decisão. É preciso organizar as contas a pagar, a receber, os juros, empréstimos, inadimplência, caixa e folha de pagamento. Porém, não basta controlar os dados, é preciso saber extrair as informações necessárias para tomar decisões sobre o futuro, diz Glauco. Entre as ferramentas disponíveis, as mais importantes são o fluxo de caixa e a demonstração de resultados.
A principal função da demonstração de resultado é informar qual o lucro (ou prejuízo) dentro de um determinado período. Por incrível que pareça, boa parte dos pequenos empresários não sabe de fato o quanto o seu negócio gera de capital. Contudo, este simples instrumento de controle fornece outras informações como: os custos fixos em comparação ao faturamento, se descontos de duplicatas e cheques estão gerando despesa elevadas, se o preço de venda é adequado ou se há problemas nos cálculos de custos.
Já o fluxo de caixa tem como função informar a movimentação diária de recursos financeiros. Com um fluxo de caixa organizado, o empresário saberá exatamente o saldo do seu caixa numa data futura. Um fluxo de caixa negativo pode significar que a empresa está trabalhando com prazos de pagamento muito longos, com juros elevados decorrentes de empréstimos ou descontos de cheques ou duplicatas, com despesas que ultrapassam a possibilidade do caixa em determinadas datas. Por outro lado, quando o saldo do fluxo é positivo significa que a empresa está conseguindo arcar com todas as suas obrigações.