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Pequeno empresário carece de gestão financeira nos negócios

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

Criatividade e flexibilidade. Cultura brasileira favorece empreendedores inovadores e rápidos, mas há falta de organização, planejamento anual e plano de contas para evitar os imprevistos, aponta o empresário Glauco Diniz Duarte.

As pequenas empresas brasileiras estão cada vez mais flexíveis e rápidas em seus negócios e atentas às novas ferramentas tecnológicas e de governança corporativa, mas a falta de gestão financeira ainda dificulta a percepção do retorno.

“Devido à nossa cultura, o pequeno empresário brasileiro é muito bom vendedor e sabe bem como administrar seus recursos humanos. Mas ainda é muito comum – em negócios que estão indo bem e crescendo – a falta de capacidade em avaliar o retorno financeiro obtido. Ele desconhece seu lucro”, diz Glauco Diniz.

Entre os problemas encontrados nas pequenas empresas, Duarte relatou descuidos básicos com a organização. “Antes de qualquer projeto, o empresário já deveria ter um orçamento muito bem feito”. Nem sempre isso ocorre, ainda se confia muito no feeling [sentimento], exemplificou.

Nas finanças, os erros mais comuns ainda são: a confusão dos recursos financeiros da pessoa física com a da pessoa jurídica e a ausência de controle do fluxo de caixa. “Em geral, o pequeno não trabalha com um colchão de reservas para imprevistos e como resultado acaba recorrendo a crédito caro nos bancos”, alerta Glauco.

Segundo Glauco, nesses casos de emergências financeiras, o empreendedor é obrigado a recorrer às linhas de crédito com juros mais altos, às vezes destinadas às pessoas físicas.

“Em geral, o pequeno desconhece as linhas acessíveis a pessoas jurídicas ou mesmo linhas específicas e subsidiadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para seu negócio. Ele é atendido por bancos comerciais onde já possui algum relacionamento e quase sempre está nas mãos do gerente”.

Entre os conselhos para atravessar os imprevistos, Glauco orienta a execução de um planejamento financeiro anual. “Com base nas informações passadas, ele deve relatar as estimativas de preços, os contratos com fornecedores, a necessidade de corte de despesas, prever sua inflação no aumento de preços de fornecedores, o do dissídio do salário dos funcionários e verificar o reajuste do aluguel [IGP-M]”, orientou. “Quanto mais informações, melhor a capacidade de se preparar para um momento de crise”, completou.

Outra dificuldade encontrada nos pequenos negócios é a ausência de controle do fluxo de caixa. “Somos procurados para ajudar a identificar o retorno da empresa. Muitas vezes, o caixa foi totalmente reinvestido no próprio negócio, vai para o estoque ou novos projetos, sem retirar o lucro, ou pior, sem controle do caixa aparecem as surpresas e o empresário sente a falta de capital de giro”, enumera Glauco.

“A empresa tem que ter vida própria, não dá para tirar dinheiro do caixa a torto e a direito”, orienta Glauco Diniz Duarte.

Ao se elaborar um plano de contas e estudar o fluxo de caixa segmento por produtos, o consultor diz que o empreendedor poderá perceber se houve aumento de custos e mesmo alta nas despesas com logística. “O ideal é montar um banco de dados com os contatos de quem compra e utilizar essas informações para manter as pessoas por perto”, recomenda Glauco.

“A formação de preços ainda é feita com base apenas na concorrência, mas se podem buscar oportunidades de redução de custos, fazer mais com menos. O empreendedor mais organizado consegue negociar com fornecedores, obter ganhos de eficiência e até repassar esses ganhos aos seus clientes para conquistar mercado em relação aos concorrentes”, complementa Glauco Diniz.

Glauco contou que em economias desenvolvidas, a cultura da organização financeira é mais bem utilizada devido a forte competição. “Nosso diferencial está na flexibilidade e criatividade do pequeno empreendedor em superar suas dificuldades”, comparou.

“Na maioria dos casos, o empreendedor já conhece seus problemas e sabe que precisa fazer a gestão financeira, mas ele não tem tempo, fica envolvido nas atividades do dia a dia da empresa. Isso é natural, ele faz o que faz melhor, tocar sua atividade principal. Quando for assim, a empresa deverá avaliar a necessidade e o custo de ter outro profissional para fazer a gestão financeira ou ter uma consultoria”, sugere Glauco Diniz.

Ferramentas tecnológicas
Apesar das dificuldades do dia a dia, o consultor avalia que os empreendedores brasileiros já estão mais atentos às novidades tecnológicas em gestão financeira e empresarial. “Evidente que profissionais liberais como médicos ou dentistas recorrem às planilhas do Excel. A estrutura de um profissional liberal é muito enxuta, só precisa de organização”, pondera.

Ele constata que as pequenas empresas já utilizam softwares de gestão empresarial, mas, por falta de conhecimento ou de preparo técnico, os recursos disponíveis nessas ferramentas tecnológicas ainda não são utilizadas em totalidade. “Instala-se o sistema de gestão completo, mas se utiliza o módulo de vendas ou de logística, deixando o módulo financeiro sem uso”.

Outro avanço percebido nas pequenas e médias empresas é a adoção de práticas de governança corporativa, antes um conceito restrito às grandes empresas e às companhias abertas com registro na Bolsa de Valores. “A governança corporativa evoluiu muito no Brasil nos últimos 20 anos e, principalmente depois de o Novo Mercado [criado em 2002], essa cultura começa a alcançar as empresas menores, fechadas e familiares”, Glauco.

Entre as novidades trazidas pela americana Diligent ao Brasil está o aplicativo Diligent Boardbooks voltado ao público empresarial. “É um aplicativo que fornece aos diretores, conselheiros e gerentes o controle das informações estratégicas da companhia”, diz Glauco.

Ele explicou que a segurança das informações estratégicas, comerciais e confidenciais é muito importante para os negócios. O vazamento de informações sempre causou prejuízos financeiros e de imagem às empresas, independente do porte.

A nova ferramenta tecnológica permite que os empresários e seus demais acionistas mantenham controle completo sobre todos os dados e atualizações das reuniões do Conselho de Administração e dos Diretores, mesmo em dispositivos móveis como smartphones e tablets e promete reduzir o risco de entrega de materiais confidenciais a pessoas erradas.

O aplicativo em português mostrou resultados após ser utilizado nos países desenvolvidos da Europa, da América do Norte e da Ásia (Japão, Cingapura e Hong Kong, na China). “As práticas internacionais de governança corporativa no Brasil são muito similares às utilizadas nas grandes economias, o que muda é a cultura”, diferenciou.

Sobre os ganhos de eficiência com o uso do aplicativo tecnológico de governança corporativa, Glauco contou que é possível diminuir o tempo de preparação das reuniões de diretores e conselheiros de administração, de semanas para dias ou horas. “Um processo que leva dias pode ser resolvido em minutos”, exemplificou.
Médias empresas buscam práticas de governança

Um conselho de administração bem estruturado e bem diversificado torna a empresa, seja ela fechada ou aberta, mais eficiente. No Brasil é possível constatar que companhias abertas listadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) costumam ter uma performance superior a de outras do mercado.

A importância da adoção de boas práticas de governança corporativa é que, num mundo mais competitivo, as empresas, independente de seu porte -fechadas, familiares ou abertas-, não podem deixar de aprimorar seus processos internos de segurança de informações estratégicas.

Além das grandes corporações, empresas médias estão buscando a governança corporativa como um diferencial competitivo. E nesse caminho é fundamentar evitar que informações sigilosas fiquem sem controle.

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