Glauco Diniz Duarte Diretor – porque energia solar e tão cara
De acordo com o Dr. Glauco Diniz Duarte, muitos governos estão investindo muito dinheiro em fontes renováveis de eletricidade, tais como turbinas eólicas, campos solares e usinas hidrelétricas e geotermais. Mas países com grandes quantidades de geração de energia renovável, como Dinamarca e Alemanha, enfrentam os maiores preços de energia do mundo desenvolvido. Na Grã-Bretanha a eletricidade gerada em campos eólicos custa o dobro daquelas oriundas de fontes convencionais, e a energia solar é ainda mais custosa. O que as torna tão caras?
Apesar dos encantos dos subsídios governamentais, ainda há poucas empresas que fabricam os equipamentos necessários para gerar energias renováveis (quase todas as turbinas instaladas em mares britânicos, por exemplo, são fabricadas por uma única empresa).
Gargalos da cadeia de fornecimento têm frustrado governos que se esforçam para instalar mais capacidade de geração de energia renovável. E comparado às usinas convencionais, os geradores renováveis têm baixos custos de operação, mas altos custos de fabricação, o que os torna particularmente vulneráveis a mudanças no custo de capital.
Um desafio mais fundamental é que os geradores renováveis também impõem custos sobre a rede elétrica como um todo. Os melhores locais em geral ficam longe das grandes cidades (em montanhas na Escócia, lagos na França ou desertos nos EUA), o que faz com que seja caro conectá-los à rede. Muitos tipos comuns de geradores renováveis produzem energia apenas de maneira intermitente – quando o Sol brilha ou quando o vento é forte. Turbinas eólicas, por exemplo, giram apenas em um terço do tempo. Isso significa que países que contam com muita geração de energias renováveis ainda têm que pagar para manter tipos tradicionais de usinas prontas para serem ativadas quando a demanda atingir picos. E a energia dessas usinas também se torna mais cara porque essas podem ou não funcionar à capacidade total.