Glauco Diniz Duarte Diretor – por que investir em energia fotovoltaica
A energia solar recebeu mais investimentos do que qualquer outro tipo de fonte energética em 2017, no mundo todo, de acordo com relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Só no Brasil, o setor cresceu 270% no ano de 2016.
Essa expansão acentuada aconteceu principalmente em residências. Segundo a Absolar, o país possui hoje cerca de 27.803 sistemas de micro e minigeração distribuída. Deles, 77,4% são de consumidores residenciais.
E você, ainda não investiu em energia solar? Saiba por que razões essa fonte energética tem crescido tanto no mundo (e deveria estar na sua casa)!
Economia e durabilidade
Tarifas de energia elétrica cada vez maiores para o consumidor brasileiro e redução de 80% no preço dos equipamentos fotovoltaicos ao longo da última década. Esses são dois fatores interessantes para levar em conta na hora de investir em energia solar, concorda?
Mesmo que o custo de aquisição de um sistema fotovoltaico seja relativamente alto – se comparado aos sistemas tradicionais – o retorno sobre esse investimento é certo. Hoje, o payback varia entre 5 e 7 anos. Fatores como a região onde o sistema é instalado e o clima podem influenciar nesse tempo, tornando-o ainda menor.
Agora, considere que esses sistemas têm uma vida útil elevada, pois são projetados para durar cerca de 25 anos. Faça o cálculo: sua casa terá praticamente 20 anos de economia no setor energético!
Além disso, o sistema tem uma fácil instalação e requer pouca manutenção ao longo do tempo. Mas esse é um assunto para o próximo tópico
Manutenção mínima
Um sistema fotovoltaico é composto de inversores, módulos, string boxes, cabos e ferragens. Ou seja, ele não possui engrenagens e nem motores. Por isso, sua manutenção se restringe à verificação dos equipamentos e à realização de limpezas anuais, para retirar o acúmulo de poeira ou de resíduos. Como são instalados nos telhados, os painéis também recebem uma ajudinha da própria água da chuva na limpeza.
Valorização do imóvel
Imóveis que contam com sistemas fotovoltaicos estão sendo cada vez mais valorizados no mercado. O Laboratório Nacional Lawrence Berkeley realizou uma pesquisa patrocinada pelo Departamento de Energia dos EUA e detectou que casas com sistemas próprios de energia solar têm uma valorização do imóvel de 3% a 6%. No Brasil, esta realidade também está sendo construída!
Autoconsumo remoto e distribuição compartilhada
A possibilidade de autoconsumo remoto, que permite gerar energia em um local e consumi-la também em outro endereço, é outro diferencial da energia solar. Para isso, ambos locais devem ser de mesma titularidade e estar dentro da área de concessão da mesma distribuidora de energia.
É possível também fazer a distribuição compartilhada em condomínios residenciais ou comerciais. Essa modalidade é caracterizada pela reunião de consumidores, dentro de uma mesma área de concessão, por meio de um consórcio ou cooperativa. Com ela, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em percentuais definidos por eles próprios.
Responsabilidade ambiental
O Brasil possui uma incidência solar de 5,4 quilowatt-hora/metro quadrado – número maior do que Estados Unidos, China e Alemanha, potências mundiais no uso da energia fotovoltaica. Essa irradiação excepcional e abundante em todo o território nacional precisa ser cada vez mais explorada, pois assim diminuímos a dependência das usinas termelétricas, que são agressivas ao meio ambiente (e caras para o bolso do consumidor).