GLAUCO DINIZ DUARTE Gestão empresarial mais sofisticada
Symnetics desenha mapa estratégico para melhorar o relacionamento com acionistas. O Mapa Estratégico, um mecanismo de gestão administrativa mais sofisticado que a metodologia Balanced Scorecard (BSC), já está sendo adotado por companhias brasileiras para dar transparência ao relacionamento com os acionistas e entre os próprios executivos da empresa. Sua utilização veio na esteira do aumento da preocupação das empresas em adotar as melhores práticas de governança corporativa.
Na avaliação de Arun Dhingra, vice presidente da Palladium Group, empresa internacional de serviços profissionais focada exclusivamente na assessoria para execução de estratégias, sediada nos EUA – que estará no Brasil no próximo dia 27 para participar do seminário “Executando Estratégias no Setor Financeiro” – o mapa é o mecanismo mais avançado de gestão administrativa. O seminário, que está sendo organizado pela consultoria Symnetics, subsidiária da Palladium que trouxe o BSC para o Brasil, será no Blue Tree Towrs Morumbi, em São Paulo (SP).
Segundo Dhingra, o mapa estratégico permite que toda a organização esteja envolvida em um mesmo objetivo porque as empresas podem detalhar suas atividades em todos os níveis em um único pedaço de papel. Isso torna a estratégia clara para toda a equipe que atua na empresa e para os acionistas. O mapa tem ainda outro papel importante na gestão. “Muitas vezes os executivos têm opiniões diferentes sobre um mesmo problemas. O mapa permite que cheguem a um consenso”, acrescenta.
Retrato fiel
Para que o mapa seja fiel ao objeto representado, porém, há uma condição fundamental: os líderes da empresa – seu presidente ou de seu CEO – precisam comunicar de forma eficiente a sua estratégia para todos os stakeholders (os envol-vidos com a empresa).” “Todos devem estar cientes da estratégia, mesmo que isso se dê de forma panorâmica”, afirma o vice-presidente.
O mapa estratégico pode ser aplicado a qualquer tipo de companhia que queira se aproximar mais e mais de sua base de clientes. Porém, é um instrumento especialmente recomendado para instituições financeiras. “É uma necessidade muito maior entre as empresas do mercado financeiro, se pensarmos que é um mercado que trabalha com produtos muito padronizados”, conta.
Nas instituições financeiras, sejam companhias de seguros ou bancos – onde a competição é muito difícil até por ser um mercado muito regulamentado – é necessário mapear o que identifica sua base de produtos e de clientes e explorar esses filões e descobrir o produto certo para o consumidor certo. “Isso já é por si só um diferencial na competição pela liderança do mercado”, diz.
A administração empresarial enfrenta muitos desafios. Um deles é identificar quais são as prioridades de crescimento e a estratégia para dar suporte para que as metas sejam alcançadas; outro é a gestão de riscos.
O mapa estratégico pode auxiliar as empresas a identificar quais são esses riscos e como contorná-los”, acrescenta Dhingra.