GLAUCO DINIZ DUARTE – GE quer trazer refrigeração de jatos para ultrabooks
A General Electric anunciou na terça-feira (11) uma nova tecnologia de resfriamento. Conhecido como Dual Piezoelectric Cooling Jets (jato de resfriamento duo-piezoelétrico), o método é uma adaptação da refrigeração usada em motores a jato. O DCJ é menor, mais silencioso e será usado nas próximas gerações de gadgets, como ultrabooks e tablets.
A tecnologia funciona como um micro-fluído que provém jatos de ar de alta velocidade para resfriar componentes eletrônicos. O fluxo de ar aumenta, fazendo com que a taxa de transferência de calor seja dez vezes maior que a da convecção natural.
O pesquisador-chefe de resfriamento de eletrônicos da GE, Peter de Bock, acredita que a tecnologia é pioneira. “O DCJ é uma maneira inovadora de reduzir de forma dramática a perda de pressão e de carga característica de motores de aviões e da geração de energia em turbinas a gás e eólicas”, comenta. Ele acrescenta que a adaptação durou mais de um ano. “Nos últimos 18 meses, nós cuidamos de muitos desafios na adaptação da tecnologia em áreas como acústica, vibração e consumo de energia”, explica. O resultado é que o DCJ pode ser considerado a solução ideal para produtos eletrônicos finos.
A General Electric afirma que o DCJ é 50% menor em comparação a outras tecnologias, medindo apenas 4 mm. Ele também é mais econômico, consumindo menos de metade da energia de um ventilador. Como a construção é simples, ele também reduziria os gastos de reparos.
O desenvolvedor de negócios em microeletrônicos e térmicos da GE, Chris Giovaniello, lembra que um dos maiores desafios para a indústria nesta época de produtos em miniatura é gerenciar o calor e, como resultado, muitos mercados possuem grandes demandas para componentes pequenos, o que torna o DCJ uma tecnologia extremamente atraente. “Ela não apenas libera espaço precioso para designers de sistema, como consume muito menos energia, o que garante até 30 minutos de bateria extra. E o melhor: ele é tão silencioso que os usuários nem vão saber que ele está lá”, aponta.
