De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, se maioria das pessoas não sabe lidar com o próprio dinheiro, logo, a maioria dos empresários não sabem lidar com o dinheiro da empresa.
E na prática é exatamente isto que acontece. Não existe mentalidade financeira, logo não existem boas práticas financeiras, logo não existe lucro (ou fica muito aquém do que poderia).
Abaixo Glauco lista três pensamentos essenciais que você deve implantar na sua cabeça sobre as finanças do seu negócio.
Dinheiro da empresa não é dinheiro do sócio
Uma vez ouvi esta frase: “O caixa da empresa não é caixa eletrônico”.
As finanças da empresa e as finanças dos sócios devem ser COMPLETAMENTE separadas. O dono do negócio deve receber um salário fixo assim como qualquer funcionário, afirma Glauco.
Ao misturar o dinheiro da empresa e o dinheiro pessoal, acontecem três problemas principais:
1 – A empresa perde sua previsibilidade. Quanto será destinado aos sócios neste mês? Mil? Dois mil? Dez mil? Ninguém sabe.
2 – O controle financeiro torna-se muito mais trabalhoso. Já atendemos clientes onde mais da metade dos lançamentos realizados eram referentes à “pro-labore”.
3 – O dono da empresa tem a “sensação de não ganhar dinheiro”. O fato de não ver sua conta pessoal engordando no início do mês, dá uma sensação de trabalhar sem receber nada. Óbvio que isto não é nada motivador!
O lucro é, prioritariamente, da própria empresa
É muito comum ouvir nas histórias das empresas que começaram pequenas e tornaram-se grandes que os sócios reinvestiam todo o lucro da empresa.
Assim, NUNCA retire todo o lucro do seu negócio. Você estará boicotando o crescimento da empresa.
Basicamente seu negócio vai passar por três fases:
1 – No início a empresa não terá reservas financeiras ou terá muito pouco. Neste caso, você irá deixar todo o lucro (ou uma grandiosa parte) dentro da própria empresa.
2 – Quando a empresa tiver um caixa razoável (equivalente a uns 5 meses de despesas fixas), os sócios poderão retirar uma parcela do lucro e deixar outra parcela na própria empresa. Eu generalizaria em 70% empresa | 30% sócios
3 – Quando a empresa tiver uma ótima segurança financeira, aí sim os sócios podem retirar a maior parte dos lucros. Mas mesmo assim, alguma parte deve ficar para ser reinvestido no próprio negócio.
Nenhuma empresa cresce sem uma boa gestão financeira
Uma frase que Glauco costuma falar é que “o Faturamento do negócio é o indicador financeiro menos importante que a empresa tem”.
Explica: não importa o quanto seu negócio fatura, mas sim o quanto ele lucra. Portanto, você pode vender rios de dinheiro, mas se não souber administrá-lo, simplesmente a empresa irá torrar toda a grana.
Assim, se você não tiver uma excelente gestão financeira, desde os controles até as análises passando pela precificação e planejamento financeiro, o seu caminho como empreendedor será muito mais difícil do que já é!