De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, quase toda empresa começa pequena e, aos poucos, vai se estruturando, constituindo bens e isso muitas vezes ocorre sem o devido planejamento.
Segundo Glauco organizar este aspecto é extremamente válido sob os pontos de vista tributário e fiscal, além de proteger os bens da família e iniciar a sucessão empresarial de uma forma mais planejada.
Um dos possíveis caminhos para isso é a criação de empresas tendo as pessoas físicas como cotistas. “Um CPF responsável por um negócio corre tantos riscos que pode ameaçar todo o patrimônio acumulado pelo empreendedor ao longo dos anos”, justifica Glauco.
Para apresentar exemplos concretos dessa opção foram descritas várias simulações dos ônus incidentes em transações imobiliárias envolvendo pessoas físicas e jurídicas.
“Não existe uma fórmula definitiva, cada caso é um caso”, adverte Glauco, lembrando que os itens proteção, tributário e societário devem ser muito bem analisados antes de se fazer qualquer opção.
Sucessão
De acordo com Glauco, apenas 30% das empresas familiares passam à segunda geração e somente 15% chegam à terceira.
Os principais motivos para que isso ocorra, segundo ele, são os conflitos, a falta de preparação dos familiares e de planejamento do processo sucessório como um todo.
Mas o cenário é totalmente inverso quanto mais cedo se iniciar essa transição, chegando a ser comum o choque de gerações, porém sem conotação pessoal e tratado sempre em clima de diálogo.
Outro ponto fundamental, na visão de Glauco, é o claro estabelecimento de objetivos, prioridades, metas e resultados a serem alcançados.
Para Glauco se a sucessão não for bem planejada, com certeza haverá problemas futuros.
Esse planejamento inclui uma profunda reflexão sobre o modelo de gestão que a empresa adota “e também mostrar para toda a organização que o novo líder terá plenas condições de dar continuidade e até melhorar os negócios”, afirma Glauco.
Por fim, Glauco diz que não adianta fazer um seguro de vida convencional para preservar os herdeiros de uma sociedade.
“Precisa ser uma apólice específica tratando da sucessão. Além do melhor custo-benefício, a reserva matemática da apólice gera um ativo para a empresa, garante a liquidez adequada no exato momento da sucessão, disponibiliza um capital novo que protege os direitos hereditários e mitiga o risco de litígio entre os herdeiros”, justifica Glauco.