Glauco Diniz Duarte Diretor – porque usar energia solar fotovoltaica
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o uso da energia solar residencial, assim como aquela gerada em (e para) estabelecimentos comerciais, indústrias e agronegócios, cresce de forma acentuada no Brasil nos últimos anos.
Os motivos para isso são muitos, porém, o principal deles é a garantia de economia de até 95% na conta de luz do consumidor através do sistema de compensação de energia criado pelo setor.
No entanto, o real funcionamento desse sistema, assim como o da tecnologia fotovoltaica em si, ainda é desconhecido por grande parte dos consumidores brasileiros e, por isso, muitos se perguntam: a energia solar residencial vale a pena mesmo?
Nesse texto, irei explicar tudo sobre o funcionamento da energia solar para residências e do sistema regulatório criado para os consumidores que geram a própria energia.
Mostrarei, também, quatro casos reais de sucesso e ainda listarei as 7 razões que não deixarão dúvidas quanto a viabilidade da energia solar residencial.
Sistema De Energia Solar Para Residência e a Geração de Energia Solar Residencial
A luz do sol que chega até a terra todos os dias é uma fonte abundante de energia que pode ser captada e convertida por nós para gerar a energia elétrica que tanto precisamos hoje em dia.
Para isso, no entanto, é preciso fazer uso de equipamentos que convertem essa energia do sol em eletricidade, os quais compõem o que chamamos de sistemas solares fotovoltaicos.
Esses sistemas utilizam placas fotovoltaicas que captam e convertem a luz do sol em energia elétrica, a qual é enviada a um outro aparelho chamado inversor, que converte sua corrente contínua em corrente alternada, padrão utilizado mundialmente.
Essa energia, então, é direcionada ao quadro de luz da residência para ser distribuída e consumida normalmente. Confira, no vídeo abaixo, o funcionamento dos sistemas fotovoltaicos:
Como vemos, esses sistemas são conectados à rede elétrica, por isso são chamados de sistemas On-Grid ou Grid Tie.
Existem também os sistemas isolados (Off Grid), porém muito mais caros e que exigem maior manutenção.
Dessa forma, nos sistemas On-Grid, se a energia gerada não for consumida na hora, ela será injetada na rede elétrica e emprestada à distribuidora local, gerando ao consumidor os seus créditos energéticos.
Estes, então, poderão ser usados pelo consumidor para abater do que ele consumiu da rede durante a noite ou em momentos de pouca luminosidade e, consequentemente, geração do sistema.
Os créditos de energia são fruto do sistema de compensação de energia elétrica, criado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) através das normas que criaram e regulamentam esse segmento de geração distribuída.
As Resoluções Normativas da Aneel e a Geração Distribuída no Brasil
Gerar a própria energia, embora algo relativamente novo no Brasil, há muito tempo já é uma realidade em expansão em outras partes do mundo, especialmente em países desenvolvidos, como a Alemanha.
Seguindo essa tendência mundial, em 2012 o governo do Brasil, por meio do seu órgão do setor elétrico, a Aneel, criou e regulamentou o segmento de mini e microgeração de energia elétrica.
Isso foi feito através da Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril daquele ano, que listou as diretrizes para o acesso desses geradores aos sistemas de distribuição de energia (rede elétrica).
No final de 2015, visando expandir o segmento e atender novas faixas de consumidores, a Aneel divulga uma nova resolução, a 687, de 24 de novembro, que modifica alguns dos termos da 482 e cria novas modalidades de geração.
Entre os principais pontos a se destacar dessas normas regulamentadoras, estão:
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sistema de microgeração: potência instalada inferior ou igual a 75 kilowatts;
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sistema de minigeração: potência superior a 75 kilowatts e menor ou igual a 3 megawatts (fonte hídrica) e a 5 megawatts (demais fontes);
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fontes permitidas para geração: renováveis (hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada);
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Validade dos créditos energéticos: 60 meses / 5 anos.
Os créditos energéticos podem, ainda, ser usados pelo consumidor para abater do consumo de outras unidades consumidoras de sua titularidade, desde que estejam dentro da área de concessão da mesma distribuidora.
Esse sistema de compensação de energia foi também o que possibilitou a criação das três novas modalidades de geração, que agregaram mais economia aos consumidores e ajudaram a expandir o segmento no país. Elas são:
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Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras: condomínios residenciais e/ou comerciais onde moradores se unem para instalar um sistema central, com os créditos gerados usados para abater do consumo de cada participante e/ou da área comum do condomínio.
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Geração compartilhada: união de consumidores (CPF ou CNPJ), através de consórcio ou cooperativa, para instalação de sistema gerador em local terceiro daqueles onde estão as unidades que receberão os créditos energéticos, devendo todas estarem dentro da mesma área de concessão da distribuidora;
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Autoconsumo remoto: consumidor (pessoa física ou jurídica) que instala sistema gerador em sua unidade consumidora e utiliza o excedente de créditos para abater o consumo de outras propriedades de mesma titularidade e dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
As 7 razões Indiscutíveis Porque a Energia Solar Residencial vale a Pena
Podemos ver, pelos depoimentos dos quatro clientes acima, que o investimento em um sistema de energia solar residencial vale a pena, e muito!
Agora, darei outras 7 razões irrefutáveis que provam a viabilidade da instalação de um sistema de energia solar como forma de geração elétrica.
#1 – Rápido Retorno do Investimento
Instalar um sistema de energia solar residencial, diferente da aquisição de uma TV nova ou até mesmo da compra de um carro, é um investimento pois, desde que ele começa a gerar energia, você passa a obter um retorno do dinheiro gasto, que é a economia na conta de luz.
Vários fatores são estudados hora de se calcular o retorno do investimento sobre o sistema fotovoltaico (também conhecido como payback), como a tarifa da distribuidora, a inflação energética e até mesmo o tamanho do sistema.
No entanto, o payback médio de um sistema de energia solar residencial, hoje, é de 4 a 7 anos, algo extremamente atraente quando levamos em consideração a vida útil do sistema, que é o nosso item dois.
#2 – Longa Vida Útil da Tecnologia
Embora sejam instaladas sobre os telhados e fiquem expostas todos os dias sobre o sol e chuva, as placas fotovoltaicas (corretamente conhecidas como módulos fotovoltaicos) possuem uma vida útil acima de 25 anos.
Além disso, a maiorias dos fabricantes garantem, até esse prazo, uma eficiência de no mínimo 80% em relação a original, ou seja, um módulo, até o 25º ano de vida, irá gerar pelo menos 80% da quantidade de energia que gerava no começo.
O inversor, que é o outro grande equipamento do sistema, possui vida útil de no mínimo 15 anos, podendo esta ser maior se o sistema receber as manutenções necessárias, item 3 dessa lista.
#3 – Pouca Manutenção
Comparando novamente com a aquisição de um carro, que exige uma manutenção periódica de 3 em 3 meses, os sistemas fotovoltaicos, embora estejam lá, funcionando e gerando energia 12 horas por dia, necessitam de uma manutenção muito baixa.
A principal delas, e que pode ser feita pelo próprio consumidor, é a limpeza dos módulos, mas isso só no caso deles estarem muito sujos, o que não é frequente visto que eles possuem uma película antiaderente que previne o acúmulo de sujeira.
No caso da poeira, a própria água da chuva se encarrega de levar embora, porém, em caso de poluição ou excremento de pássaros, a limpeza é simples e necessita apenas de um jato d’água e uma vassoura de cerdas macias.
Fora essa limpeza dos módulos, a manutenção elétrica do sistema é também necessária, porém com bom menos frequência, apenas uma vez a cada 6 meses, e que garante a otimização da geração do sistema.
#4 – Resistência a Intempéries
Além de pouca manutenção, o consumidor que instala um sistema pode ficar tranquilo quanto a frequentes reparos necessários.
Isso porque os sistemas, exatamente por necessitarem estar expostos sobre o céu aberto (placas) e serem elétricos, tem seus equipamentos fabricados com todas as mais resistentes proteções contra surtos.
As placas, por estarem mais vulneráveis, possuem tamanha resistência que aguentam impactos de grandes bolas de granizo, tudo para garantir que estejam funcionando durante a sua longa vida útil.
#5 – Rápida Instalação
Ok, você ficou fascinado por todas essas vantagens, teve a certeza de que a energia solar residencial vale a pena e decidiu que, assim como milhares de brasileiros, também quer se tornar o gerador da sua própria energia.
Mas, demora para fazer a instalação? Você pode se perguntar. A resposta curta é: não. À parte de alguma complicação, o prazo médio das instalações residenciais são de 2 a 3 dias.
Desde a visita inicial à empresa de energia solar até ter o sistema instalado, são 8 simples passos que o consumidor leva para se tornar um “prosumidor”, como são conhecidos aqueles que produzem a sua energia.
#6 – Geração Silenciosa
Preocupado com barulhos ou ruídos vindos do telhado e tirando a sua paz? Que nada! A geração de energia pela tecnologia solar fotovoltaica é totalmente silenciosa.
Isso porque ela utiliza um processo fotoquímico, e não mecânico, para gerar energia elétrica, chamado de efeito fotovoltaico e que ocorre silenciosamente dentro de cada uma das células que compõem o módulo.
Portanto, fique tranquilo, pois você poderá tirar aquele cochilo da tarde gostoso no final de semana, ligar seu ar condicionado ou ventilador com a certeza de que não terá altas contas de luz no final do mês.
#7 – Imunidade Contra a Inflação Energética
Por último, o melhor. Instalar um sistema fotovoltaico, além de um investimento com alto retorno, é ficar protegido contra a inflação energética que assombra o bolso dos brasileiros.
Devido ao fato de como está estruturado o setor elétrico do Brasil, fora os acontecimentos recentes que criaram dívidas a serem pagas por nós, consumidores, o preço da energia continuará subindo.
Mais um mês de bandeira vermelha? Pouco importa para quem gera a própria energia diretamente do seu telhado. Esse é o poder libertador que a energia solar entrega a você.
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