Glauco Diniz Duarte Diretor – Central fotovoltaica sao pedro ii ltda
Com novo nome e nova identidade, a Motrice Soluções em Energia faz planos para 2018 apostando alto nos leilões de geração A-4 e A-6 – respectivamente nos dias 18 e 20 deste mês – e de linhas de transmissão do próximo dia 15. Especializada em serviços de EPC de empreendimentos do setor elétrico, a empresa, sediada no Recife, deixou para trás a marca ATP mirando o mercado externo, embora veja na retomada da agenda anual de licitações de projetos de expansão do sistema a grande oportunidade para o ano que vem, quando pretende atingir R$ 300 milhões em contratos na área de energia.
“Já estamos em negociações com diversos investidores que estarão participando dos leilões de energia com projetos, e a expectativa é muito boa, de muitos negócios. O mesmo vale para o leilão de transmissão, que deverá repetir agora o sucesso mesmo sucesso do que ocorreu em abril. A volta dos leilões no setor de energia elétrica traz a expectativa de grandes negócios”, explica o diretor comercial da Motrice, Luiz Carlos Ribeiro. A expectativa da companhia, em caso de sucesso dos projetos nos certames, é alcançar um faturamento líquido na casa dos R$ 160 milhões ao final do próximo exercício.
Este ano, a empresa contabiliza cifras expressivas junto a usinas fotovoltaicas em fase de construção. É o caso dos parques solares São Pedro II e IV (BA – 67 MWp) e Juazeiro I, II, III, IV (BA – 157 MWp), que renderam contratos de engenharia e construção de R$ 67 milhões e R$ 111 milhões, respectivamente, e que entrarão em operação comercial em junho e novembro de 2018. A empresa atua ainda numa UTE de 35 MW de capacidade instalada Linhares (ES). Na área de transmissão, a Motrice responde por uma linha em 230 kV de 32 km voltada para o atendimento de uma fábrica da Jeep em Goiânia).
O outro foco de atuação da desenvolvedora de projetos é o mercado externo, especificamente na consolidação da sua presença nos continentes africanos e sul-americanos. Desde 2000 atuando em países da África Subsaariana, como Angola – onde trabalha atualmente em sete unidades híbridas, fotovoltaica e diesel, com potência de 3 MW –, a Motrice pretende agora ganhar mercado em países como Senegal e Benin. No caso do Cone Sul, a intenção é ganhar presença em projetos no Paraguai, Peru, Colômbia e Chile. A presença internacional foi, inclusive, a motivação para a adoção do nome Motrice em novembro.
“A decisão de mirar o mercado internacional como um dos focos de atuação da companhia foi tomada no final do ano passado, e a mudança de marca faz parte desse processo. O novo nome é fácil para a pronúncia em outros idiomas, como o francês, o inglês e o italiano”, explica Ribeiro. Assim como no Brasil, o desenvolvimento de projetos nos segmentos de centrais eólicas, energia solar fotovoltaica, hidrelétricas de pequeno e grande porte, termelétricas, linhas de transmissão e subestações, sistemas elétricos e cogeração de energia são o principal vetor dos negócios que a Motrice pretende firmar internacionalmente.