De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, as empresas familiares representam até 55% das organizações em países emergentes. Entre eles, está o Brasil. É uma porcentagem alta – mais da metade do cenário econômico –, ainda maior que os 40% em mercados maduros, como Estados Unidos e Europa. Trata-se de um mercado movimentado, em que boa parte das companhias brasileiras com esse perfil está passando (ou passará) por uma estruturação em sua governança. A palavra “profissionalizar”, no entanto, pode não ser a mais adequada para definir a transição.
“Uma empresa familiar pode evoluir para outros modelos”, afirma Glauco.
Glauco diz que as soluções tradicionais que funcionaram até o século passado, hoje estão ultrapassadas. “Os empresários nos telefonam, dizendo: ‘Eu criei um monstro’ e ‘Me ajuda a me reinventar’”. Nos últimos anos, o consultor começou a construir sua tese, ainda em fase de experimentação. “Não sei como vai ser o novo modelo. Mas temos algumas pistas”.
“É preciso simplificar a estrutura das empresas: menos hierarquias, menos camadas e uma gestão mais horizontal. Criar um ambiente que favoreça o trabalho em rede ou por projetos, em que você forma times e os desmonta de acordo com a demanda. Algo menos organizado”, afirma Glauco.