A sucessão familiar não pode ser confundida com transferência de patrimônio, não é apenas entrega de bens, é um processo que precisa ser bem equacionado e necessita de profissionalização. A afirmação é do empresário Glauco Diniz Duarte. Glauco enfatiza que a administração das finanças e transparência dos negócios rurais são fundamentais para o bom desempenho da propriedade.
Para Glauco, não existe um modelo pronto de sucessão familiar, mas um processo de transição constituído pela família. Glauco diz também que os obstáculos existentes na empresa familiar, como a sobrecarga operacional nos herdeiros da família, a dificuldade em atrair ou reter talentos e os conflitos familiares. “Lealdade à tradição é um dos desafios na sucessão familiar quando o assunto é inovação. É preciso ter a consciência de que a sucessão não se trata de substituir uma pessoa por outra, mas trocar uma maneira de administrar por outra”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil possui 5,2 milhões de propriedades rurais. Deste total, 28,8% foram repassadas por herança e 5,7% são consideradas de classe A e B. “Apesar deste pequeno percentual, essas duas faixas, respondem por 78,8% do Valor Bruto de Produção, indicador que revela a geração de riqueza do setor”, afirma Glauco, ao ressaltar que este grupo é o mais preocupado com a transição do negócio.