De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a Sucessão Profissional está presente em todas as organizações assim como a possibilidade dessas sucessões serem geradoras de conflitos causados por várias gerações atuando dentro das organizações.
Mas como lidar com a sucessão profissional e os possíveis conflitos de gerações que podem acontecer?
Primeiramente, destaca Glauco, é preciso saber que planos de sucessão serão necessários para as organizações não serem pegas de “surpresa” quando um de seus profissionais precisar assumir um novo desafio, dentro da própria empresa, e esta não poder contar com um bom substituto. Mas qual o momento certo para aplicar um Plano de Sucessão Profissional?
Segundo Glauco, o momento ideal para colocar em prática o plano de sucessão é, na verdade, antes que a organização precise substituir ou promover um funcionário, pois no momento em que for necessário realizar a sucessão nem sempre existirá tempo hábil para preparar profissionais; eles precisam estar preparados! E a falta de preparo pode afetar o desempenho da organização uma vez que, se não há profissionais qualificados para a sucessão, a sustentabilidade da organização fica comprometida.
Diferente do Plano de Carreira que é voltado para o desenvolvimento individual do profissional, o Plano de Sucessão pensa no futuro da organização sendo muitas vezes elaborado a partir do planejamento estratégico anual da empresa. A partir daí, é definido quais os profissionais da empresa serão peças-chave para conquistar os objetivos, o plano de desenvolvimento necessário para cada um deles e para seus respectivos backups.
Glauco diz que avaliação de Potencial e Gestão por Competência são ferramentas que orientam o desenvolvimento humano nas organizações e nos processos de sucessão são instrumentos de decisão para promoções e mudanças internas, pois identificam os Gaps de competências a serem desenvolvidas, permitindo que estas sejam aprimoradas ao longo do tempo e assim avaliar se o profissional está pronto para assumir novos cargos.
Nem sempre muito tempo de experiência do profissional significa que ele é um forte candidato para possíveis promoções.
Uma situação que tem se mostrado presente são profissionais de 25 anos assumindo postos de liderança e gerindo aqueles que têm 25 anos de experiência.
É a diversidade de gerações: a geração dos Baby Boomers (1946-1964) fiéis ao trabalho, com carreira sólida e que valorizam o status e a ascensão profissional; a Geração X, (1965-1980) que valorizam a vida pessoal e o desenvolvimento de suas habilidades e competências profissionais pra manterem a empregabilidade; a Geração Y (1981-2000), que são imediatistas e impulsivos, louvam as novas tecnologias, são movidos pelos desafios e impõem um ritmo dinâmico e acelerado nas organizações buscando crescimento e reconhecimento; e a Geração Z, posterior a Y já nasceram “conectados” na tecnologia, na internet. É a geração “touch-screen” do Iphone, Ipod, Ipad, etc.
Glauco destaca que a interação dessas gerações pode acender situações de conflito, por exemplo, quando o processo de sucessão faz com que um baby boomer seja liderado por um jovem da Geração Y: o baby boomer não acredita no potencial do jovem e não dá credibilidade em seu modelo de gestão. O jovem da geração Y conectado e bem informado, familiarizado com tecnologia e novas mídias nem sempre valoriza o conhecimento do Baby boomer e sua vocação para as reuniões face a face.
Cada geração tem suas potencialidades e suas fragilidades. E diante da diferença de cultura, valores e interesses, os conflitos de egos aparecem. Para manter a harmonia e o equilíbrio é primordial compreender o que motiva cada uma dessas gerações para assim, também tirar proveito do que cada uma delas tem de melhor a oferecer.
A diversidade de gerações dentro das organizações traz vantagens como a diversidade de ideias, dinamismo e postura ativa para construção de novos modelos de gestão e novas soluções para a empresa. Esta, extrai e mescla o que cada uma tem de melhor: o conhecimento, a ousadia, a experiência, o imediatismo, processos, dinamismo… É a fusão do tradicional com o inovador!