De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, um dos fatores mais importantes – e também mais negligenciados – para a sustentabilidade das empresas e organizações de forma geral é o processo de sucessão.
Ao ressaltar que os custos com pessoal estão entre os mais elevados para uma empresa, Glauco afirma que o processo sucessório precisa ser criteriosamente construído, para evitar que escolhas e definições equivocadas prejudiquem as organizações. “A forma mais eficiente de cuidar do negócio é preparar um plano de sucessão”, diz Glauco.
Em relação a uma das grandes questões do mundo corporativo – se numa empresa familiar deve ser permitida ou não a participação de herdeiros ou optar-se pela profissionalização, Glauco diz que não existe uma receita pronta. “É perfeitamente possível considerar pessoas da família na sucessão. O importante é estabelecer os critérios que conduzam as escolhas para a melhor solução para a perenidade da empresa”.
Segundo Glauco, apenas 15% das empresas familiares conseguem sobreviver a partir da terceira geração e mais de 80% delas não pensam na sucessão. “A forma mais eficiente de cuidar do negócio é preparar um plano de sucessão”, diz Glauco, destacando os principais critérios que devem nortear as decisões nesse campo: desempenho, requisitos necessários à posição, aspirações e interesses dos possíveis sucessores, mobilidade (em função da eventual necessidade de mudanças do profissional de sua região de origem) e uma análise cuidadosa do potencial dos profissionais, de preferência feita por uma consultoria externa.
De acordo com Glauco, são critérios que podem se utilizados por todas as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, e também pelos diversos tipos de entidades e organizações, como as do setor sindical.