Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, na região Sul do Brasil, cerca de 85% das empresas legalmente constituídas têm origem familiar, empregando mais da metade da força de trabalho global. Porém, de 30 empresas com origem familiar, apenas uma consegue sobreviver até a terceira geração. Avaliando este índice, Glauco abordou a necessidade de planejamento e administração emergente do processo sucessório das organizações.
O principal impasse está na decisão de iniciar o processo de sucessão, que deve ser construída e avaliada de forma constante. “Quando existem sócios é fundamental que as regras para a sucessão sejam criadas quando as coisas estão saindo bem. Isto evita muitos conflitos em casos de divergências entre sócios.”
Outra armadilha anunciada por Glauco diz respeito à resistência de quem constituiu a empresa e necessita abrir caminhos para próxima geração ou novos administradores. “Não significa aposentadoria. É importante que esta pessoa tenha outras atribuições dentro da empresa agindo como mediador. Porém, é preciso saber quando parar. Ninguém pode achar que é insubstituível”, assinala.
Para quem ainda não pensou no assunto, Glauco adverte: “Já está atrasado”, salientando que o processo sucessório desempenha um papel relevante na implantação das estratégias empresariais de longo prazo e na busca de resultados concretos e duradouros. Um trabalho que abrange planejamento estratégico, existência de fóruns decisórios, e condução firme até o momento de realizar a sucessão.