Muitas pessoas me procuram para conversar sobre os problemas que vêm enfrentando nos seus negócios ou mesmo na sua vida pessoal em virtude de falta de dinheiro acarretado, na maioria das vezes, pela falta de controle dos valores recebidos em direitos (o dinheirinho nosso de cada dia) e das obrigações (o que torna as contas correntes em saldos negativos), conta o empresário Glauco Diniz Duarte. Claro que, quando tratamos de finanças, devemos entender, que grande parte da população não teve uma educação financeira na infância ou adolescência, a fim de que na fase adulta os frutos fossem colhidos para a bonança pessoal.
Mas essa ausência de conhecimento pode ser revertida com o mínimo de esforço pessoal, dedicação e esforço. Por isso, sempre nessas conversas, a fim de ser extremamente objetiva e nem um pouco cansativa, eu explico um pouco sobre a existência de uma das mais importantes peças na gestão financeira: o fluxo de caixa financeiro.
Segundo Glauco, o fluxo de caixa financeiro é o acompanhamento de todas as entradas (receitas) e saídas de recursos (despesas), num período de tempo, determinado pela necessidade particular de cada um ou de cada negócio. Claro que há recomendações de tempo em virtude de boas práticas, mas nada impede que você ajuste a sua peça de acordo com a sua necessidade. As entradas de recursos são os valores relativos a direitos a receber que representam os saldos positivos da “demonstração”. Cabe registrar, que Glauco colocou a palavra demonstração entre aspas em virtude de que está se referindo à demonstração gerencial, e não à demonstração contábil do Fluxo de Caixa.
A demonstração contábil segue o regime de competência e possui uma estrutura definida por normas contábeis específicas, enquanto que a demonstração financeira segue o regime de caixa. Claro que se trata de uma demonstração gerencial e que, portanto, não é publicada em conjunto com as demais demonstrações contábeis.
De acordo com Glauco, esta demonstração gerencial é base para a estratificação da situação financeira pela qual a empresa vive e viverá em dias, semanas, meses e anos. Assim, como Glauco disse anteriormente, em dedução às entradas, vem as saídas. As saídas de recursos são justamente as obrigações as quais devemos possuir recursos suficientemente para liquidá-las. Ora, se temos um conceito tão simples sobre entradas e saídas, porque ainda sim temos tantos problemas com as nossas empresas e com a nossa vida financeira pessoal?