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Futuro dos carros está sob pressão GLAUCO DINIZ DUARTE

GLAUCO DINIZ DUARTE – Futuro dos carros está sob pressão

GLAUCO DINIZ DUARTE – Futuro dos carros está sob pressão

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GLAUCO DINIZ DUARTE – Futuro dos carros está sob pressão

Futuro dos carros está sob pressão.  Basicamente, a ideia é fazer os gases do escapamento do motor girar uma turbina que, por sua vez, acionará um compressor para colocar mais ar nos cilindros, gerando potência extra e otimizando o consumo. Só que, na prática, os motores turbo se mostraram muito mais complexos do que o imaginado. Manutenção e operação diferenciada, materiais deficientes e ausência de eletrônica quase condenaram aquilo que se tornou a nova tábua de salvação da indústria de automóveis.

“O turbocompressor é um caminho sem volta.” A declaração de Ricardo Dilser, assessor técnico da FCA Fiat Chrysler Automobiles, vai ao encontro das exigências cada vez maiores para a redução do consumo e das emissões de poluentes.

Se antes o uso do turbo era indicado para quem buscava exclusivamente potência extra, o foco agora é a eficiência energética. Traduzindo: quem quiser um carro econômico e mais amigável ao meio ambiente dificilmente conseguirá fugir da pequena peça de metal acoplada ao motor.

Só na edição de agosto da revista CARRO foram avaliados dez carros turbo, e os de aspiração natural, como Cruze e Focus, em breve poderão adotar esse recurso. Mas isso não quer dizer que modelos sem aquele ruído de “ar vazando” estão com os dias contados, até porque muitos turbocompressores atuais já eliminaram essa característica.

“A escolha dessa tecnologia é muito mais mercadológica do que técnica”, explica Dilser. Ou seja, carros populares ou algumas marcas de baixo volume ainda podem abrir mão do turbo – ainda que isso não faça muito sentido. A dirigibilidade dos carros turbo modernos ficou tão eficiente que para muita gente é até difícil saber o que está sob o capô. É o caso do up! TSI, primeiro popular turbo flex do Brasil e responsável por atrair tanta atenção para uma peça que nasceu bem longe dos automóveis.

INÍCIO COM ATRASO
O turbo surgiu em 1885, mas suas virtudes só começaram a ser aproveitadas quatro décadas depois, nos aviões. Como o ar é mais rarefeito (ou seja, há menos oxigênio para queimar o combustível) em altitudes elevadas, o turbo caiu como uma luva, sanando o problema e permitindo que as aeronaves voassem cada vez mais alto.

Aqui embaixo, a nova tecnologia foi usada em tudo: caminhões, barcos e até trens. A estreia nos automóveis só ocorreu em 1962, com o Oldsmobile Jetfire, mas não foi exatamente um sucesso.

Entre os problemas estava a operação mais complexa, que exigia a adoção de um aditivo especial na gasolina para evitar a detonação no motor. Claro que muita gente não fazia isso, e o resultado foi uma série de quebras precoces desse tipo de propulsor, gerando a má fama.

“O turbo trabalha acima das 250 mil rpm e sua temperatura pode chegar a 1.000 ºC em algumas partes. Isso exige metais nobres e lubrificação de ótima qualidade”, detalha Christian Streck, diretor da Honeywell, proprietária da Garrett, uma das mais conhecidas marcas de turbo do mercado.

Soma-se a isso o fantasma original dessa tecnologia, o turbo lag (atraso, em inglês), e entende-se porque esse tipo de recurso quase fracassou. “Os motores mais antigos demoravam a responder enquanto a turbina não ganhava rotação suficiente”, conta Bob Sharp, editor técnico da CARRO. Na prática, você acelerava mais o motor para suprir essa deficiência em baixas rotações e, quando a turbina ganhava pressão, a potência era liberada de uma vez, gerando o típico “coice” na época.

A solução para o problema só veio nas décadas seguintes, com a adoção de recursos como turbos menores, sequenciais e até elétricos. “Qualquer um pode guiar um modelo turbo atualmente. O gerenciamento eletrônico tornou seu funcionamento mais suave e linear”, explica Dilser.

E todo esse desenvolvimento foi bancado justamente pelas empresas interessadas em afastar dos automóveis a fama de vilões do meio ambiente. “A redução exigida pelo governo brasileiro até 2017 é tímida em relação à cobrada em outros países, e a tendência é que os carros tenham que ficar ainda mais econômicos e menos poluentes”, analisa Streck. Motores movidos a eletricidade e híbridos seguem entre as alternativas, mas seu custo superior mantém o turbo na linha de frente das opções.

Só não espere encontrar grandes logotipos “turbo” grafados no porta-malas ou em enormes adesivos nas laterais dos carros, como em alguns Porsche 911. “Algumas fabricantes sequer divulgam que seus modelos têm motores turbo”, diz Streck. Para o executivo, a necessidade de explicar o que há sob o capô deixou de ser essencial, já que a operação desses modelos é igual aos aspirados.

Lauro Takabatake, diretor de engenharia da BorgWarner, vai além. “Não podemos pedir para os motoristas atuais coisas como deixar o motor funcionando por alguns segundos antes de desligá-lo, por exemplo.” A recomendação, que antes era praxe, se dá pela alta temperatura da turbina, que pode literalmente cozinhar o óleo que lubrifica o eixo central. Atualmente, o problema é contornado com sistemas de refrigeração ativa ou passiva, que reduzem a temperatura do componente mesmo após o motor ter sido desligado.

ORGULHO E PRECONCEITO
Alguns fãs dos carros turbo podem torcer o nariz por sua popularização, já que ele tende a se tornar apenas mais um recurso no motor, como injeção eletrônica e catalisador. Se antes eram pomposamente identificados por logotipos no porta-malas, tais itens viraram detalhes na ficha técnica.

Do outro lado da balança estão aqueles que ainda associam o turbocompressor com manutenção cara e motores precocemente quebrados. “A única coisa que é essencial nos turbos é não economizar nos lubrificantes e respeitar o plano de manutenção da fábrica”, conclui Dilser. E nem o tipo de óleo muda: no up! TSI, a única diferença são 700 ml adicionais de lubrificante que o motor exige.

A última barreira a ser superada depende das seguradoras, que ainda associam modelos superalimentados com veículos de alto desempenho e/ou a motoristas imprudentes. No caso do VW up! TSI, por exemplo, a apólice é 85% mais cara. Procuramos as principais seguradoras para que elas nos dessem alguma explicação, mas não obtivemos resposta. Resta, por ora, a esperança de que com a popularização do recurso, os carros com motor turbo deixem de ser vistos como “mais arriscados” pelas companhias de seguros.

Afinal, goste-se ou não, os motores turbo invadiram de vez todos os segmentos e não devem sair tão cedo. Ainda haverá opções com propulsores de aspiração natural nas pontas das tabelas de preço para atender entusiastas, ou quem está com orçamento curto, mas esses carros tendem a ser minoria – como foram os primeiros automóveis turbo há cinco décadas.

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