Holding familiar, uma excelente opção para administrar seus bens

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a mais nova “onda” do mercado é a Holding familiar: Uma empresa criada especificamente para administrar os bens (móveis e imóveis), de modo que o proprietário de todo esse patrimônio recolha impostos uma única vez, através dessa empresa (holding), ao invés de recolhê-lo por cada um deles (o que ocorreria caso deixasse em seu nome, “pessoa física”), permitindo grande economia tributária e maior controle de administração.

Glauco cita abaixo algumas das inúmeras vantagens da holding familiar:
Você tem imóveis e administra os aluguéis diretamente da pessoa física? Saiba que você está tendo um prejuízo bem maior do que você pode imaginar. Para aqueles que ainda têm dúvidas se vale à pena constituir uma holding, vamos listar aqui 8 motivos para você mudar de ideia.

1 – A estruturação de uma holding familiar não é simples! Exige cuidados, mas SEMPRE vale o investimento.

2 – A tributação na pessoa física é sempre maior que na pessoa jurídica. Tratando-se de pessoa jurídica, o custo do imposto é de 11,33 a 13%, enquanto que na pessoa física chega a 27,5%, o que significa dizer que estamos falando de uma economia de até 16,17% em impostos;

3 – Não é necessário ter sócios. Desde 2013, com a criação do tipo societário “Eireli”, tornou-se possível abrir uma empresa de responsabilidade limitada sem ter sócios. É como se a empresa e o seu dono fossem complementares, de forma que o proprietário não tem que dividir as decisões e o rumo da empresa com outras pessoas;

4 – Não há perda de patrimônio. Os sócios transferem os seus bens particulares integralizando o capital social dessa holding de forma que o patrimônio declarado após a constituição da empresa é o mesmo anteriormente declarado em imposto de renda.

5 – Precisa reformar o imóvel? Os juros do mercado financeiro, para financiamento de obras, são infinitamente menores para empresas do que para pessoas físicas. Na hora de investir para conseguir melhorar os imóveis e assim ganhar mais com os aluguéis, muitas vezes se torna um pesadelo ou até mesmo financeiramente impossível. Com a pessoa jurídica administradora dos bens existem inúmeras linhas de crédito voltadas ao investimento em reformas, cujas parcelas muitas vezes são pagas com a simples diferença dos aluguéis mais gordinhos depois da realização da obra.

6 – Tem filhos? Qual imóvel vai deixar para cada um dos filhos? Ou vais deixar que seus descendentes quase se matem quando chegar a hora deles assumirem o comando? Na holding esse problema não existe, na medida em que os herdeiros recebem quotas como herança e não bens determinados. Além disso, é possível a formação de um conselho de administração para a gestão de todos os bens como um todo, permitindo-se que a tomada de decisão seja feita em grupo. Pode-se também deixar um administrador externo para suceder a gestão patrimonial. Em ambos os casos, acaba-se com os conflitos familiares pós herança;

7 – Bom, chegou a hora de fazer um inventário? Aqui a coisa também muda totalmente de figura. Ao invés de inventários custosos, serão transmitidas apenas quotas sociais. Como os bens (que irão integralizar o capital da sociedade) podem ser transferidos pelo valor histórico de aquisição, o imposto sobre a herança vai recair sobre este valor e não sobre o valor venal de referência atual de cada bem imóvel, podendo-se chegar a uma economia na ordem de 80%. O mesmo raciocínio ocorre na eventualidade de uma doação com reserva de usufruto, antecipando-se a herança sem perder um rendimento sequer dos bens administrados.

8 – Se você ainda tem dúvidas, o aumento do Imposto sobre a herança em até 20%, bem como a tributação de Imposto de Renda sobre a herança (PLS 300/2016) está na pauta do governo.

Segundo Glauco a estruturação de uma holding familiar não é simples! Exige cuidado, mas sempre vale o investimento. Ainda existem muito mais vantagens na criação de uma holding familiar, de caráter mais técnico, jurídico ou contábil.