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Sucessão na empresa familiar, dilema de um herdeiro

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a maioria das pessoas costuma fazer o seguinte comentário acerca da posição de um herdeiro: “aquele está com a vida que pediu a Deus”. Entretanto, até que ponto é verdade que um herdeiro não tenha com o que se preocupar? Será verdade que a ele cabem apenas as vantagens de desfrutar o que lhe cai de “mão beijada”? Será verdade que ele não arca com nenhum tipo de responsabilidade? Não é bem assim. Mesmo considerando os benefícios implícitos no processo de herdar um patrimônio, há desafios enormes a serem transpostos, antes mesmo de a herança chegar ao destinatário.

Glauco diz que como os próprios herdeiros enxergam a posição que ocupam e ocuparão.
Segundo Glauco o primeiro sentimento que emerge de um herdeiro é o de ter de lidar com um problema imposto, ou seja, é lidar com algo que não necessariamente é o seu. Sendo assim, adverte Glauco, “é fundamental estabelecer seu grau de identidade com esse projeto e assim definir seu papel futuro. Envolver-se com um negócio apenas por obrigação não trará benefícios de longo prazo para ninguém”.

De forma contrária a essa advertência agem as famílias no sentido de, mesmo involuntariamente, incentivarem seus membros a permanecerem unidos em torno da empresa, independentemente da ligação que o membro tenha com o negócio, e consideram o fato de buscarem realização profissional fora da empresa familiar como uma espécie de “crime hediondo”.

Glauco explica que outro dilema na vida de um herdeiro, além de ter de assumir a responsabilidade sobre algo que ele não escolheu, é que provavelmente essa responsabilidade terá de ser dividida com pessoas que ele também não pode escolher, seus irmãos, primos e outros membros da família. Nesse cenário, reside a possibilidade de conflitos com consequências, não raras vezes, catastróficas, do ponto de vista de preservação e continuidade do negócio da família, ou seja, as dificuldades de relacionamentos, irão, naturalmente, surgir. Caso o fundador não se tenha preocupado com a sucessão, não a enxergou com um processo que deveria ter começado desde a escolha e preparação dos possíveis herdeiros, a empresa da família está fadada ao fracasso.

Diante desses dilemas, percebe-se que o filho-herdeiro busca apenas a afirmação de sua própria identidade. Ou seja, pelo simples fato de ter nascido no seio de uma família que possuía uma empresa, ele não teve a oportunidade de saber se suas vitórias foram realmente por méritos próprios ou não. O que as famílias, donas de empresa, têm de entender a respeito de seus possíveis herdeiros é que eles não podem carregar a responsabilidade de dar continuidade a um sonho que não seja o seu, isto é, o simples fato de pertencerem biologicamente à família não significa que serão funcionários da empresa, pois sua realização pode estar em outra área profissional, além disso, essa atitude não pode ser vista como uma “traição”.

Em suma, o que se deve buscar é o planejamento da sucessão, do qual todos os envolvidos possam participar, ainda que para afirmarem que não querem trabalhar na empresa, deixando apenas aqueles herdeiros que sonham e se realizam com o negócio da família.

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