Em tempos de crise, cabe ao setor de recursos humanos driblar o medo e apostar nos novos talentos da empresa. A recomendação é do empresário Glauco Diniz Duarte. Segundo ele, é um erro demitir funcionários quando a economia passa por um período de estagnação.

“Quando um funcionário é mandado embora, a empresa perde todo o investimento que fez em treiná-lo, e repassa ao concorrente um bom funcionário. O Japão, sempre que passava por crise, não demitia os funcionários. Mas aproveitava esse tempo para desenvolver ações de melhoria da educação dos profissionais”, explica Glauco

“Se os empresários tiverem essa consciência de reduzir ganhos por um tempo e de manter as pessoas, no futuro, eles serão os primeiros a sair na frente e a se recuperar”, completa Glauco.

Segundo Glauco, em São Paulo, há uma demanda grande no setor, porque a área está se profissionalizando. “O setor de recursos humanos deixou de ser suporte, para ser uma área estratégica. A gestão de pessoas serve para conduzir a empresa a atingir seus objetivos”, diz.

Dentro dessa visão estratégica, as empresas cobram, cada vez mais, do profissional que tenha visão do todo, mas sem abrir mão de conteúdo técnico e das ferramentas para as rotinas do dia-a-dia.

E há vários segmentos que abrem espaço para profissionais de recursos humanos, como: gestão de pessoas; recrutamento e seleção de pessoal; treinamento e desenvolvimento; rotinas de departamento pessoal; administração de cargos e salários; planejamento de carreira e sucessão.

A exigência, segundo Glauco, depende do tipo de empresa em que o funcionário está encaixado. Se está em uma multinacional, pode ser cobrado o domínio de outros idiomas, por exemplo.

Aperfeiçoamento
Para crescer na carreira, segundo Glauco, o profissional precisa se aprofundar em conhecimentos. “O mercado cobra conhecimento das técnicas. O iniciante vai pegar uma área inicial e ir a fundo. Então partirá para buscar outras habilidades. Vai fazer cursos e ações de desenvolvimento, ter noções de como administrar conflitos e conhecer outras áreas dentro do setor de recursos humanos”, aponta Glauco.