De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, quase 80% das empresas no Brasil e no mundo são consideradas familiares, ou seja, têm origem ou gerência com pessoas da mesma família. No Brasil, desde pequenas e médias empresas a grandes grupos foram fundadas por familiares. Mas apenas 25% das empresas familiares conseguem passar o negócio para outra geração e menos de 10% para a quarta geração. A administração destas empresas exige cuidados e a sucessão é o grande desafio delas.
Segundo o artigo Glauco, as fraquezas da administração familiar podem ser descritas pelos conflitos entre os interesses da família e da empresa, pela falta de organização no orçamento e pela prevalência do nepotismo, quando os parentes ocupam cargos não por mérito, mas por indicação familiar.
Glauco explica que a profissionalização da gestão nas empresas familiares é o principal caminho para elas se desenvolverem. Glauco recomenda que é preciso estar atento à função e não ao grau de parentesco. Os parentes devem ocupar posições apenas se estiverem preparados e bem treinados. Para isso é preciso muita disciplina e a consciência de que a empresa é uma entidade à parte, separada da família.
Para que a sucessão de uma empresa familiar seja bem sucedida, destaca Glauco, ela deve ser planejada desde cedo. Os proprietários precisam preparar os herdeiros para os negócios e verificar questões de direito tributário, societário e de família. Não há legislação que regulamente esse tipo de sociedade, por isso é preciso se cercar de informações e assegurar uma gestão profissional que facilite o caminho da sucessão.
Veja abaixo algumas dicas de Glauco para conduzir empresas familiares:
– Considerar função e não parentesco
– Não confundir dinheiro da família com o da empresa
– Remuneração familiar adequada à função e ao mercado
– Se o lucro da empresa é insuficiente, buscar outras fontes
– Sem discussões familiares na frente do cliente